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HISTÓRIA

Jogos de Atenas
 
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Brasil não participou
Atenas - 1896

  Depois de 14 séculos, os Jogos Olímpicos renasceram nos tempos modernos, fruto do sonho de helenistas que pretendiam reviver a tradição da Grécia Antiga. Em Atenas, o esporte servia para homenagear os deuses do Olimpo. No mesmo local, os atletas da era moderna realizaram em 1896 a primeira Olimpíada. No dia 6 de abril, juízes e 285 atletas se reuniram no Estádio Penathenalco para orar e meditar. O número de competidores mostrou-se pequeno porque o evento não foi levado muito a sério. Na platéia, 80 mil pessoas _número surpreendente para a época. Todos ouviram atentamente o discurso do rei George 1º, da Grécia. Houve apresentações de dança e canto.

Os idealizadores desejavam que tudo fosse uma réplica exata das celebrações gregas do passado, mas não havia condições. Até mesmo para uma Olimpíada modesta faltou o dinheiro necessário: 200 mil dracmas. Como o governo não aceitaria moeda estrangeira, o povo teve de participar. Uma coleta nacional acabou arrecadando 130 mil dracmas a mais do que precisavam. Um dos maiores colaboradores chamava-se Georgios Averoff, um milionário grego. Sem as doações, o evento, que se encerrou no dia 15 de abril, não ocorreria.

A atenção das pessoas não se desviou das provas de atletismo, realizadas em estádios lotados _mesmo que o nível técnico estivesse baixíssimo, nada comparável às marcas obtidas na época em qualquer competição universitária de Londres, Paris ou Nova York.

Por mais que as manifestações políticas fossem criticadas e repelidas em um século de Jogos Olímpicos, a verdadeira intenção do Barão de Coubertin e seus companheiros teve motivos políticos. Com os jogos, pretendiam unir esportistas de todo o mundo pela força do esporte. Assim nasceu a idéia de um desfile de abertura, no qual cada delegação seria representada pelos seus atletas. Um deles carregaria a bandeira do país. Todos deveriam passar em frente ao palanque reservado às maiores autoridades do esporte e do país onde se realizava o evento.

Os vencedores recebiam ramos de oliveira colhidos no bosque Altis. Um dos atletas a receber o prêmio e protagonista do momento mais emocionante da primeira Olimpíada moderna foi o grego Spiridon Louis, vencedor da maratona. Ele orou e jejuou durante 24 horas. Antes da competição, comeu uma galinha inteira. Spiridon pôde se preparar para o desafio. Corria na solidão das colinas de Marousi, onde criava cabras e ovelhas. Nos I Jogos Olímpicos, acabou o percurso em 2h58min50s. Recebeu as glórias reservadas, na Antiguidade, aos seus antepassados.

* Coubertin, o barão francês idealizador das Olimpíadas, enfrenta as primeiras dificuldades políticas. Os alemães não querem participar de uma competição, cuja iniciativa parte dos históricos adversários franceses. É o parentesco entre o Kaiser e o príncipe herdeiro grego que contorna o problema.

* Hungria e Boêmia, integradas ao Império Austro-Húngaro, insistem em competir com delegações independentes. Não têm sucesso.

* A busca por novos mercados, campos de investimento e colônias expressa o profundo processo de transformação pelo qual atravessam as grandes nações com a industrialização. A base das sociedades agrícolas, dominante por milhares de anos, é minada pelos novos tempos. Consolidam-se as sociedades urbanas industrializadas e tecnocratas.

* A Grã-Bretanha detém o predomínio das ações no contexto europeu e mundial, seguida pela França e pela Alemanha. Os Estados Unidos começam a despontar no horizonte internacional, sobretudo depois da vitória sobre a Espanha em 1898, que culminou com a anexação de Porto Rico, Guam e Filipinas.

* O final do século marca a consolidação das potências industriais: na Ásia, o Japão; na Europa, a Bélgica; num segundo plano, Itália, Rússia e Holanda. Para as grandes potências, colonizar é a palavra de ordem. A África fica sob a pressão dos interesses europeus. A América Central está sob a mira da expansão norte-americana. O Japão avança sobre a China e anexa Taiwan (Formosa).

* Surgem as primeiras reações nacionalistas de repulsa ao colonialismo. Os britânicos enfrentam, no Egito, a revolta de Arabi Pasha (1881-1882), à qual segue-se uma série de outras. A resistência somali, na Somália Britânica se estende por quase três décadas (1891-1920). Na África, os italianos são repelidos pelos etíopes (1896).

* A Revolução Industrial cria as condições para a efervescência tecnológica, cultural e econômica. Pouco depois que Daimler e Benz realizam a primeira experiência de fabricação do automóvel, na Alemanha (1885), Marconi inventa, na Itália, o telégrafo sem fio (1895) e Roentgen descobre, na Alemanha, os raios-X (1895).

* As idéias de Karl Marx fervilham na Europa. Em 1871, a França assiste à primeira revolução proletária (comuna de Paris). As tropas de Versalhes reprimem o movimento e massacram os integrantes da comuna. Os ideais igualitários ganham força e consistência com o crescimento dos marxistas em detrimento dos anarquistas no seio da I Internacional Comunista, organização de cunho socialista que integra todos os revolucionários europeus da época.

 
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