Gaúcha e com 36 anos, Rita Rostirolla faz parte de uma nova geração de profissionais de treinamento pessoal: o sex personal trainer. Ela adotou esse nome depois de escutar várias de suas alunas chamá-la assim. Depois dos cursos que ministra, Rita continua a manter contato com as alunas e a dar conselhos personalizados.Há oito anos ela ministra cursos para grupos sobre como ter auto-estima para aceitar o próprio corpo, como atigir o orgasmo, sedução do parceiro, enfim, ela dá dicas e ajuda mulheres a melhorarem a qualidade da transa e, conseqüentemente, a qualidade de vida.
Para aquelas mais reservadas e tímidas, as aulas são privativas. Em cerca de seis horas, Rita garante que suas alunas particulares "melhoram muito a relação sexual e aprendem a conhecer o seu corpo e sua sensualidade".
A carreira de Rita começou mais como uma busca pessoal que profissional. "Eu sempre me interessei por cursos de sensualidade e depois que percebi que a busca por conselhos vinda de parentes e amigas estava aumentando a cada dia, fui à São Paulo para me especializar e poder ensinar mulheres de todas as idades a serem sedutoras."
Nas aulas teóricas, ela trabalha fundamentalmente com a auto-estima e com o auto-conhecimento do corpo feminino, sem que a estética seja priorizada na hora de sentir e dar prazer. Nas práticas, ensina como fazer um striptease (os movimentos corretos, o poder do olhar, o que não se deve fazer na hora da tirar a roupa), massagens relaxantes e sensuais e com usar acessórios eróticos.
O trabalho é feito a partir do problema apresentado pelas alunas: algumas não conseguem se esquivar de preconceitos e repressões pregados desde a infância. "Para algumas, indico até terapeutas sexuais e sexólogos. Procuro saber a história da aluna", garante.
O perfil do público dos cursos é bem variado: mulheres de 18 a 70 anos procuram um melhor relacionamento na cama. Há cinco anos, a maioria esmagadora era de mulheres casadas. Hoje, 30% são solteiras, viúvas, divirciadas e em busca de novos relacionamentos.
Rita, que viajou por vários Estados do País para dar seus cursos, mora no interior do Rio Grande do Sul, em uma cidade com menos de 20 mil habitantes chamada Guaporé. "Aqui eu dou no máximo dois cursos por ano. As mulheres me procuram mais em aulas particulares porque sentem mais privacidade. Acho que têm vergonha porque aqui todo mundo se conhece", diz a gaúcha.