Roberto Marinho e D. Lily Marinho |
Veja as fotos dos amigos no hospital
Roberto Marinho, 98 anos, presidente das Organizações Globo, morreu às 22h30 desta quarta-feira (6), no hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, de embolia pulmonar maciça, em decorrência de uma trombose. O empresário sofreu um edema pulmonar pela manhã, em sua residência no Cosme Velho, e foi internado por volta das 14h em estado grave.
Os médicos tentaram dissolver o coágulo alojado no pulmão, mas sem sucesso. Às 21h30, ele foi submetido a procedimento cirúrgico para remoção do coágulo. Às 22h30 a equipe do Dr. Marcus Túlio Haddad anunciou o óbito. O velório começou às 9h em sua casa no Cosme Velho, restrito à família até às 10h, quando foi aberto aos amigos. O sepultamento acontecerá no Cemitério São João Batista, em Botafogo, às 16h. Ele deixa a viúva Lily Marinho, os filhos João Roberto, José Roberto e Roberto Irineu, além de netos e bisnetos. Roberto Marinho será velado essa quinta em sua casa a partir das 10h. O enterro ocorre por volta das 16h, no mausoléu da família no cemitério São João Batista, na zona sul do Rio. Os filhos de Roberto Marinho divulgaram uma nota sobre o falecimento do pai. "Estamos todos consternados com a morte de nosso pai, um homem cuja vida foi toda ela um exemplo que procuramos seguir, que procuramos levar os nossos filhos a seguirem, e que eles certamente terão orgulho que seus filhos sigam. Porque foi uma vida reta, dedicada ao trabalho e, fundamentalmente, ao desenvolvimento do Brasil”. "Não perdi um irmão, perdi um pai", afirmou ainda no hospital Rogério Marinho, irmão do presidente da Globo. Estiveram no hospital Samaritano na noite de quarta o decorador Hélio Fraga, amigo de Roberto Marinho, e Helô Guinle, amiga de Lily Marinho. O presidente Luís Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de três dias no país e divulgou nota lamentando a morte do jornalista. Foi decretado luto de três dias também na capital fluminense pelo prefeito César Maia e no Estado do Rio, pela governadora Rosinha Matheus. Os atletas brasileiros que participam dos Pan-Americanos de Santo Domingo também usarão uma tarja preta nos próximos três dias de competições, segundo informou à Globo direto da República Dominicana o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman. A última aparição pública de Roberto Marinho foi ao dia 29 de julho, quando participou da missa comemorativa aos 78 anos de fundação do jornal O Globo. Jornalista, empresário e imortal (ocupava a cadeira que foi de Otto Lara Resende na Academia Brasileira de Letras), Marinho era o proprietário de um patrimônio pessoal avaliado em mais de 1 bilhão de dólares e de um império empresarial que fatura por ano cerca de 5,7 bilhões de dólares, incluindo a mais importante emissora de televisão de América Latina e uma das cinco principais do mundo. Roberto Marinho assumiu o vespertino O Globo em 1925, aos 20 anos, depois da morte de seu pai, Irineu Marinho, que havia fundado o jornal apenas 21 dias antes. Daí em diante, Roberto Marinho consolidou o jornal e expandiu a organização com a Rádio Globo e, em 1965, aos 60 anos de idade, fundou a TV Globo. Praticou hipismo até quase os 80 anos e foi um dos fundadores da Sociedade Hípica Brasileira. Além do hipismo praticou também o mergulho e a caça submarina. Em 1983, quando precisou ser operado no Green Hospital de San Diego, nos Estados Unidos, de um tumor benigno no intestino, surpreendeu os médicos com a sua rápida recuperação. Roberto Marinho casou-se em 1984 com Lily de Carvalho, sua terceira mulher. Foi casado antes com Stela Marinho, com quem teve quatro filhos: Roberto Irineu, José Roberto, João Roberto e Paulo Roberto. No reveillon de 1970, Paulo Roberto morreu, aos 19 anos, num acidente de carro, na Região dos Lagos. Ele ainda foi casado com Ruth Marinho, de quem se divorciou. Leia mais: » Notícia da morte de Roberto Marinho repercurte no mundo » Corpo de Roberto Marinho é velado no Rio de Janeiro
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