Solly Boussidan, Direto da Antártida
É impossível ficar indiferente ao ver um desses mamíferos gigantescos subindo à superfície e espirrando um enorme jato de água. As baleias, seja por seu tamanho descomunal ou pela improbabilidade de ver uma em seu habitat, exercem um enorme fascínio sobre as pessoas.
A Antártida é um dos melhores lugares para se encontrar espécies de baleias e cetáceos. O continente gelado oferece alimento abundante em suas águas. Além disso, o Oceano Antártico está na rota de migração entre o Atlântico e o Pacífico – nas longas jornadas realizadas por várias espécies, o continente é uma zona ideal para filhotes praticarem suas habilidades de caça.
As baleias fazem parte de uma ordem de animais chamados cetáceos. Esta é a ordem dos mamíferos aquáticos e dela fazem parte baleias, golfinhos, marsuínos (espécies de golfinhos que apresentam dentes em forma de espátula) e botos. Os animais desta ordem, apesar de viverem dentro da água, respiram oxigênio na superfície. Os membros anteriores destas criaturas foram adaptados ao longo do processo evolutivo e converteram-se em nadadeiras, ao passo que os membros posteriores são praticamente inexistentes – com a presença apenas de resquícios vestigiais internos abaixo da cauda e sem nenhuma ligação com a coluna dorsal.
Existem cerca de 90 espécies de cetáceos no mundo e sua divisão taxonômica é bastante complexa. A primeira grande divisão ocorre em duas subordens – a Mysticeti e a Odontoceti. Esta divisão leva em consideração a dentição de cada espécie. Durante a expedição avistamos 6 espécies de baleias – e uma espécie, que apesar da fama de baleia, é na realidade um golfinho.
Foto: Solly Boussidan / Especial para o Terra