Após chegar primeiro ao espaço e à Lua (em missão não tripulada), a União Soviética foi de novo pioneira em Marte - mesmo que o sucesso tenha sido um fracasso. A primeira sonda a tocar em solo marciano foi um pouco afobada e se espatifou no planeta vermelho em novembro de 1971 - a Mars 2 Lander. Um mês depois, sua irmã gêmea teve um final um pouco diferente. A Mars 3 Lander desceu com tranquilidade, abriu suas "pétalas" e transmitiu dados do chão do nosso vizinho pela primeira vez. Foram incríveis 20 segundos. Até hoje não se sabe porque ela parou a transmissão.
O azar soviético continuou nos próximos anos. O destino da Mars 6, por exemplo, foi parecido com a irmã de número 3. Já os americanos tiveram em Marte algumas de suas maiores conquistas. Os soviéticos podem ter sido os primeiros, mas os Estados Unidos conseguiram realmente estudar Marte a partir de seu solo. As sondas Vikings, as pioneiras do Tio Sam na Terra de Marvin, o Marciano, transmitiram informações por anos - e não segundos.
As rovers - sondas com rodas para se deslocar entre as rochas da quarta pedra do Sistema Solar - merecem um capítulo em especial nessa história. A Sojourner, levada pela nave Pathfinder (curiosamente, as fotos da segunda são mais famosas que as da primeira), funcionou por apenas três meses, e pouco se deslocou. Já as irmãs maiores - Spirit e Opportunity - operaram por anos e se deslocaram por quilômetros - após sete anos de serviço, a Opportunity conseguiu percorrer "incríveis" 30 km e é a única dessas três ainda em funcionamento. Agora, a Curiosity se junta ao conjunto de criações do homem em solo marciano. Veja a seguir quais são e onde pousaram as principais sondas que enviamos a Marte.
Edição: André Roca