Fita cassete e walkman
Já passou o tempo em que, para repetir uma música que recém havia tocado, era preciso rebobinar uma fita cassete por alguns segundos. Desenvolvida nos anos 1960, a gravação em fita magnética, com lado A e lado B, atingiu seu auge na década de 1980, com grande número de vendas de cassetes. Compacta (com um tamanho de 10 centímetros por 7 centímetros), a fita conviveu por muitos anos no mercado fonográfico com os discos de vinil, mas desapareceu justamente pela qualidade inferior do som.
Para ouvir as músicas, era preciso ter um tocador de fitas. Entre eles, pode-se listar um aparelho portátil que ficou conhecido como walkman - que, quando as fitas foram superadas pelo CD, também se tornou obsoleto.
Criado no fim dos anos 1970, o walkman é considerado o pai dos aparelhos tocadores de MP3, MP4 e posteriores. Com ele, era possível sair e escutar uma música com o uso de fones de ouvido.
Recentemente, segundo o pesquisador do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Pedro Augusto, algumas gravadoras nos Estados Unidos promoveram um resgate e passaram a gravar músicas exclusivamente em fitas cassete. "As pessoas gostavam da estética do som", diz. Para Augusto, trata-se de uma prova de como a cultura reconfigura alguns aparatos na sociedade.
foto: Getty Images