Segunda Guerra Mundial - Os antecedentes imediatos

A crise dos sudetos e o acordo de Munique

A ascensão de Hitler ao poder e seu nacionalismo exacerbado fizeram com que os alemães que habitavam países vizinhos, entrassem em ebulição, desejando integrarem-se na Grande Alemanha. Já em março de 1938, Hitler havia anexado a Áustria (Anschluss), tornando-a província do Reich. Com isso a integridade territorial da Tchecoslováquia ficou ameaçada. A Sudetolândia, região fronteiriça com a Alemanha, possuía uma população de origem germânica que perfazia 65% dos habitantes, apesar de legalmente pertencer a Tchecoslováquia desde 1919.

É justamente nesta região que os Tchecos tinham seu sistema defensivo, nos moldes franceses. Hitler começa a exercer pressão junto ao governo tcheco para anexá-la. O perigo de guerra torna-se iminente. Neste exato momento, Chamberlain, primeiro-ministro conservador da Inglaterra e Daladier, Presidente da França, propõem encontrar-se com Hitler em Munique. O Acordo de Munique terminou com uma estrondosa vitória dos nazistas, pois receberam o acordum para poder ocupar a Sudetolândia em troca de uma simples promessa de paz - que não seria cumprida.

31 de dezembro de 1938: primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain (1869-1940) faz discurso após a 'Crise de Munique'

31 de dezembro de 1938: primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain (1869-1940) faz discurso após a 'Crise de Munique' - Foto: Getty Images

Esse acontecimento convenceu Hitler ainda mais da debilidade dos aliados ocidentais, estimulando-o a reivindicar a plena integração do "corredor polonês" ao Reich. Em março de 1939 a Tchecoslováquia deixa de ser independente, transformando-se no "Protetorado da Boemia e Morávia".