Descoberta do oxigênio derrubou teoria do flogístico

Instituída entre o fim do século 17 e o início do século 18, a teoria do flogístico buscava explicar a diferença de peso de uma substância antes de sua combustão completa e depois, quando restavam apenas as cinzas. Segundo a explicação elaborada pelo químico e médico alemão Georg Ernst Stahl, a diferença no peso se dava pela transformação de parte do material em um elemento denominado flogístico, que era liberado durante a queima. "Essa teoria também foi interessante para a química e permitiu fazer novas experiências", diz o professor de História da Ciência da Universidade de São Paulo (USP) Gildo Magalhães.

A teoria foi considerada correta e inspirou estudos no campo da química durante cerca de um século. A dúvida sobre sua validade foi levantada após a descoberta do elemento oxigênio por Antoine Laurent Lavoisier, que proporcionou uma nova visão da química. "Como ele é misturado no ar com o nitrogênio, demorou-se a descobrir que era um elemento responsável pela oxidação", explica Magalhães. Mesmo assim, a descoberta do oxigênio - creditada também ao inglês Joseph Priestley e ao sueco Carl Wilhelm Scheele - conviveu por certo tempo com a teoria do flogístico, até que esta fosse abandonada completamente.

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