Alguns envolvidos nos atentados voltaram a ser notícia
Segunda-feira, 11 de março de 2002
Mark Sokolow, que sobreviveu ao às torres do World Trade Center, driblou a morte pela segunda vez, no dia 27 de janeiro, quando ele e sua família escaparam do atentado provocado por uma mulher-bomba em Jerusalém. Ele estava na rua Jaffa, em Jerusalém, quando uma mulher-bomba explodiu-se, ferindo ele, sua mulher, Rena, 44, e suas filhas Lauren, 16, e Jamie, 12. No dia 11 de setembro, Sokolow, de 43 anos, deixava seu escritório de advocacia na torre sul do WTC quando o segundo avião pilotado por terroristas chocou-se no complexo.
Pat Flounders, de 51 anos, se suicidou no dia 10 de dezembro, após uma missa em memória do marido, morto nos ataques ao World Trade Center. De acordo com as autoridades ela ficou perturbada com a perda e não conseguiu se recuperar. Joe Flounders, 46 anos, trabalhava na Euro Brokers Inc., no 84º andar da torre sul e deveria estar jogando golfe na manhã de 11 de setembro, mas preferiu ir ao escritório. Quando estava descendo as escadas, depois do choque do avião, ele parou para ajudar um colega e nunca mais foi visto. De acordo com a polícia o suícidio não foi um caso isolado. "Tivemos mais suicídios nas últimas semanas do que temos normalmente em um ano e meio", disse Jody Hutton, comandante de polícia.
Uma mulher, cujo marido morreu no atentado entrou com um processo contra Osama Bin Laden, o principal suspeito pelos ataques. O processo foi apresentado no dia 12 de outubro ao tribunal de Manhattan, a pedido de uma mulher não-identificda de New Jersey. O caso está correndo em segredo na Justiça norte-americana.
Kurt Sonnenfeld, de 39 anos, está preso sob suspeita do assassinato em primeiro grau de sua mulher, Nancy. Sonnenfeld foi o funcionário do corpo de resgate dos Estados Unidos que filmou as cenas de limpeza nos destroços do World Trade Center exibidas em todo o mundo. Conforme a polícia local a mulher foi encontrada em casa com ferimentos causados por arma de fogo. Ela foi levada ao hospital, mas morreu algumas horas depois. Ele está preso sem direito à fiança.
Charles Gavett, 44 anos, e a mulher Cynthia, 40 anos, estão sendo processados por tentar fraudar uma companhia de seguros de vida. Charles entrou em contato com a polícia de Nova York seis dias depois dos atentados, afirmando que a mulher estava em uma das torres do WTC no momento do acidente. Ele declarou à empresa de seguros, que a mulher tinha uma entrevista às nove da manhã no WTC, ou seja, minutos antes de as torres caírem. Poucos dias antes do pagamento da apólice o plano foi descoberto quando um policial viu Cynthia passeando pela cidade onde mora. O objetivo era receber US$ 250 mil do seguro, mas agora eles podem ser condenados a até 25 anos de prisão.
Sugeil Mejía, de 24 anos, foi indiciada por colocar pessoas em perigo, obstruir operações de resgate e por falso testemunho. No dia 12 de setembro a mulher se apresentou a um posto da polícia com um celular, contando que havia falado com seu marido, que estaria embaixo dos escombros do WTC. "Ela estava histérica", contou o chefe da polícia de Nova Iorque, Bernard Kerik. De acordo com Kerik, ela deu ainda o nome e o número de placa da polícia do marido. Depois disso as televisões norte-americanas começaram a noticiar que dez policiais foram encontrados com vida embaixo da torre 1 do WTC, o que teve que ser desmentido logo após pela polícia. Bernard Keirk afirmou que a mulher na verdade "não tinha marido, não fez ligação, tudo era falso". "Ela criou um enorme movimento de pânico", disse o chefe.
Redação Terra
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