Em um levantamento realizado em 2010, 26 subprefeituras de São Paulo mapearam 407 áreas, onde havia 1.179 setores de encosta ou à margem de córregos, em um total de 13,5 km² (cerca de 1,6 mil campos de futebol ou 0,9% da área do município). A partir de características topográficas, ocupacionais, de concentração de água, de vegetação e evidências de movimentação (trincas e muros deformados), foram atribuídas aos locais quatro etiquetas de classificação de risco de escorregamentos em encostas ou solapamentos de margens de córregos: R1 (baixo – 13% da área avaliada), R2 (médio – 57%), R3 (alto – 22%) e R4 (muito alto – 8%).
Foram identificados 607 setores e 28.933 moradias (dentre 105.816 avaliadas onde moravam cerca de 115 mil pessoas) em R3 ou R4. Mais de 1 mil residências foram indicadas para reassentamento. De acordo com a prefeitura, esse foi o “maior mapeamento de áreas de risco do Brasil”, cobrindo “a totalidade das áreas vulneráveis” da cidade e levando em conta “informações socioeconômicas, urbanísticas e geográficas” da população moradora de áreas precárias. O estudo foi baseado em critérios definidos pelo Ministério das Cidades – em 2003, o governo federal instituiu a Ação de Apoio à Prevenção e Erradicação de Riscos em Assentamentos Precários – e em diretrizes da ONU.