O aquecimento global está de volta e com tudo, que o diga o urso polar, símbolo da luta de ecologistas contra a mudança climática. A espécie é considerada - inclusive pela Justiça americana - como ameaçada de extinção devido à perda de habitat, que nada mais é do que o gelo do Pólo Norte.

Cesar Schultz, geólogo e paleontólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), explica que um novo ciclo de aquecimento intenso, como ocorreu no passado, a ponto de derreter o gelo sobre a Antártica, elevaria o nível do mar em 60 m, aqueceria os oceanos e a atmosfera ainda mais e geraria drásticas mudanças físicas e químicas nos oceanos.

"É impossível avaliar os efeitos destas mudanças sobre os organismos atuais - isto é, quais seriam extintos ou não -, mas certamente o resultado seria catastrófico. Isto foi o que se imagina que ocorreu no final do Ordoviciano - o pulso de extinção ligado ao calor -, quando a Gondwana saiu do pólo e todo o gelo que estava em cima dela derreteu e foi para o oceano."