Benícia Maria Fernandes, uma das sete testemunhas ouvidas no Fórum de Santana, em São Paulo, descreveu a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, como uma pessoa desequilibrada, ciumenta e perigosa. Benícia, que é vizinha dos pais de Alexandre Nardoni, diz ter testemunhado brigas violentas e cenas em que a madrasta de Isabella "competia" com a menina pela atenção de Alexandre Nardoni.

A testemunha também disse ter presenciado cenas em que Anna Carolina tirou Isabella do colo de Alexandre Nardoni e sentou no seu lugar. Benícia também descreveu uma briga em que a madrasta jogou uma chave de fenda no marido por causa de um telefonema de Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella.

Também foram ouvidos o médico legista Paulo Sérgio Tieppo Alves, do Instituto Médico Legal (IML), e a delegada Renata Pontes, uma das responsáveis pelo caso. Alves contrariou as acusações da defesa de que uma morte não pode ter duas causas. Os advogados contestam o laudo do IML, que aponta politraumatismo e asfixia como as causas da morte da menina.

A delegada Renata Pontes afirmou ter tido conhecimento da complexidade do crime logo após ir à cena. Ela disse que ao chegar ao edifício London, onde Isabella foi encontrada ferida, Alexandre Nardoni tentava levantar suspeitos da morte da menina e fazia acusações ao porteiro do prédio.