A relação entre o político e eleitores não necessariamente é tão carinhosa quanto a relação entre ídolo e fãs.
Comigo é diferente porque o meu caráter já está consolidado, o pessoal já me conhece. Pra mim, a questão financeira é secundária, não tem como chegar e mudar agora a minha personalidade, minha maneira de ser, eu só quero realmente ser uma referência, para os pais, para os professores, para a sociedade. (Vira para uma pequena fã, de cerca de 5 anos, que permaneceu toda a entrevista agarrada a suas pernas e pergunta: “Né, meu amor?”) E eu tenho condições de fazer isso: representar bem São Paulo.
Mas essa sua sinceridade também arruma algumas brigas...
Aí vai na sabedoria, eu nunca vou me omitir a nada. Como eu falei, a questão financeira é secundária, eu entro sem vício nenhum, de uma forma diferente. Eu acho que eu vou aprender bastante, vou fazer curso de gestão pública, tenho certeza que a sociedade necessita disso, de novas caras, como está aí o projeto bem aprovado do Ficha Limpa. O Brasil necessita disso.
Olhando um pouco para trás, como você avalia o seu desempenho na Seleção?
Acho que eu tinha condições para ter ficado as três Copas do Mundo, eu fui cotado para 1994, 1998 e 2002, não entendo por que não fui, mas também respeito, mas o Corinthians supriu a falta de Seleção Brasileira, acho que seria uma realização profissional, mas eu sou realizado na minha vida. Para um menino que saiu do Rio de Janeiro, um menino pobre, humilde, e que conseguiu vencer na vida e conseguiu estudar, se formar, sou formado em curso técnico do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) do Rio de Janeiro, cursei Educação Física e agora estou cursando Comunicação na Universidade de São Judas, mas tranquei por conta de outros projetos.