Antônio Palocci foi ministro da Fazenda de Lula entre 2003 e 2006. Além de ter sido acusado de receber propina durante o mensalão do PT e de participar de um esquema de corrupção em Ribeirão Preto (SP), Palocci foi exonerado após a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. Ele foi testemunha de acusação contra Palocci no episódio da “casa do lobby”, mansão alugada que serviria de sede para reuniões de lobistas e encontros com prostitutas. Francenildo declarou ter visto o então ministro frequentando a mansão para reuniões com acusados de interferirem em negócios de seu interesse no governo Lula. Segundo a Polícia Federal, o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, teria recebido ordem - sem amparo judicial - do gabinete do ministro para verificar se havia dinheiro suspeito na conta do caseiro. Mattoso também deixou o governo.
Em 27 de agosto de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) recusou a abertura de processo contra Palocci. Segundo o relator do inquérito no STF, e então presidente do tribunal, Gilmar Mendes, não existiam no inquérito elementos que comprovassem a participação de Palocci na quebra do sigilo bancário do caseiro. O ex-presidente da Caixa responderá ao processo.