RepórterTerraExpedição do GREENPEACE na Amazônia
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REPORTAGEM
Greenpeace flagra transporte ilegal de madeira
 
17 de maio

Rodrigo Baleia / Greenpeace
Em sua expedição pela Amazônia com o navio Amazon Guardian, o Greenpeace flagrou, nos últimos dez dias, uma jangada transportando madeira ilegal pelo rio Juruá e um outro lote de toras escondido em um pequeno braço do mesmo rio. Ao todo, são 271 toras de origem ilegal, que estão sendo transportadas por um rebocador escoltado pelo Greenpeace para a cidade de Carauari, onde todo o carregamento será doado para a comunidade. Tanto a jangada, localizada no último dia 8, quanto o outro carregamento ilegal, encontrado no dia 15, foram denunciados pelo Greenpeace ao Ibama, que esteve no local e comprovou que todas as toras eram de origem ilegal. Entre as irregularidades estava a falta de documentação adequada. O piloto do barco que fazia o carregamento não tinha a Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPF), obrigatória para transporte de madeira na Amazônia. A apreensão foi resultado de um trabalho conjunto entre o Ibama e a organização não-governamental. "Como o Greenpeace está com um navio na região, pedimos ajuda para rebocar a jangada", disse Hamilton Casara, superintendente do Ibama/AM.

Cristina Bodas / Repórter Terra
De acordo com o Ibama, Ercival Lobo é o proprietário de toda a madeira, que seria vendida para empresas situadas nos pólos madeireiros de Manaus e Itacoatiara. Ercival é irmão de Raimundo Lobo, maior produtor do rio Juruá e fornecedor de madeireiras multinacionais como a malaia Carolina e a chinesa Compensa. Segundo relatórios do Instituto, entre 1997 e 1999, a família Lobo foi multada três vezes pelo transporte ilegal de 21.324 metros cúbicos de toras.

Cristina Bodas / Repórter Terra

Para se ter uma idéia da destruição causada pela maioria das madeireiras - que simplesmente retiram a madeira local sem nenhum plano de utilização do solo -, das 271 toras, 100 eram de samaúma, a maior árvore da Amazônia.

O corte de uma única samaúma pode danificar outras 30 árvores, abrindo clareiras na floresta. Chamada de rainha da floresta e considerada sagrada pelos povos indígenas, a madeira da samaúma é utilizada apenas para a produção de compensados

Cristina Bodas
Enviada especial à Amazônia
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