Fonte:
Ibama
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Concentração
das Empresas Madeireiras na Amazônia
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Segundo maior
estado brasileiro, o Pará responde sozinho por 67% do volume de
madeira exportada de toda a Amazônia. É o estado que mais sofre
com o crescimento desenfreado provocado pelas madeireiras estrangeiras
e, conseqüentemente, com o desmatamento e a extração ilegal. Diferentemente
do Amazonas, o escoamento da produção é feito tanto pelos rios quanto
pelas estradas, o que dificulta ainda mais o trabalho de fiscalização
do já pouco estruturado Ibama.
O Pará foi o
primeiro estado do Brasil a receber uma grande madeireira estrangeira:
a Eidai, em 1973. A companhia japonesa dominou a região até o início
dos anos 90, quando diversas empresas passaram então a explorar
o potencial madeireiro da Amazônia. Hoje são mais de 25 companhias
européias, norte-americanas e asiáticas instaladas, sendo a maioria
no Pará, que conta hoje com 783 madeireiras nacionais e estrangeiras.
Com a redução
dos recursos naturais e o fortalecimento da legislação em assuntos
de meio ambiente em seus países de origem, as empresas de capital
estrangeiro viram no Brasil um ponto estratégico para obtenção de
madeira tropical. Sozinhas, elas respondem hoje por quase a metade
do valor total exportado da Amazônia.
A falta de
compromisso com o desenvolvimento econômico e com a preservação
do meio ambiente local por parte das empresas é o maior problema
nesse processo de exploração da floresta Amazônica. Para se ter
uma idéia, de 17 madeireiras pesquisadas pelo Greenpeace, apenas
uma possui o certificado do Conselho de Manejo Florestal. E, devido
ao precário sistema de produção que utilizam, dois terços da madeira
bruta que retiram da floresta são desperdiçados.
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