"Não sei o que fazer se acontecer um acidente"

Cristina Bodas, direto de Angra dos Reis

Frade é o bairro mais populoso no raio de 5 km da central nuclear de Angra. No local, a população se diz totalmente desinformada sobre o que fazer se um dia as sirenes de alerta dispararem anunciando a necessidade de evacuação da área. "Não sei o que fazer se acontecer um acidente. Quando eu ouvir a sirene tocar pego a minha filha e corro pra rua me juntar com as outras pessoas", diz a arrumadeira Rosana Fátima Ricardo.

Fátima não é a única. O economista Veríssimo José de Araújo Neto e o comerciante Vagner Antônio Souza de Oliveira dizem não saber onde as pessoas devem se reunir nem como se organizar e se comportar em caso de um acidente na usina. "Antigamente o ponto de encontro era o meu posto de gasolina, mas mudaram. Hoje não sei onde é", conta Vagner. "A informação é o que pode fazer a diferença, é o que pode salvar vidas numa hora de pânico", analisa Veríssimo.

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