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Diário Os bastidores da ação do Greenpeace Sexta-feira, 5 de janeiro de 2001 Paulo Gleich - Repórter Terra Acompanhamos hoje a ação realizada na Gerdau, desde a saída em Porto Alegre até a repercussão depois da manifestação. Só o planejamento da manifestação não pôde ser acompanhado: ele é feito a portas trancadas a sete chaves, e só os ativistas sabem da ação até o momento em que ela acontece. Não é sem motivo que as ações são o lado mais conhecido da ONG: desde que conheci os ativistas, nunca os tinha visto tão animados. Já antes da saída do navio, todos conversavam muito, checavam os equipamentos, imaginavam como seria a ação. Os ativistas realmente se preparam bem: enquanto a ação principal acontecia no portão da empresa, outro grupo, longe das lentes das câmeras, se preparava para uma ação secundária nos fundos da siderúrgica. Para trancar o portão de entrada, os manifestantes não apenas se acorrentam uns aos outros, como também escondem os braços acorrentados dentro de cilindros, para que a polícia ou seguranças não consigam separá-los. Durante a ação, mais empolgação e especulações sobre a repercussão. Frases como "acho que vai dar Jornal Nacional" e "todos os canais de TV estão aqui!" mostram por que a imprensa é a maior arma da ONG, que faz barulho por todos os lugares que passa. Realmente, jornalistas não faltaram no local: repórteres de TV, rádio, jornal e, é claro, Internet, seguiam os ativistas por toda a parte, inclusive em uma excursão ao outro lado da empresa, passando por lamaçais.
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