A obesidade dobra o risco de mulheres jovens desenvolverem câncer de intestino, disseram pesquisadores norte-americanos na quinta-feira.Um estudo com cerca de 90 mil mulheres, realizado por uma equipe da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, mostrou que o peso excessivo aumentou o risco de desenvolver a doença em mulheres antes da menopausa.
"Nossos dados indicam que a obesidade está associada ao dobro de risco de câncer colorretal, e que, no máximo, ela está ligada a uma pequena redução do risco em mulheres na pós-menopausa", disse Peter Terry, na pesquisa publicada na revista Gut.
Os cientistas suspeitam que, antes da menopausa, o excesso de gordura no corpo aumenta os níveis de insulina e outras substâncias no sangue, que aumentam o risco de câncer.
Entretanto, eles acreditam que mais tarde o tecido de gordura possa ser uma fonte do hormônio feminino estrogênio, que poderia neutralizar os efeitos prejudiciais da insulina.
O índice de massa corporal (IMC) é a medida-padrão da obesidade. Ele é calculado pela divisão do peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado. Uma pessoas com 30 de IMC é considerada obesa, e mais de 35, muito obesa.
A obesidade, que está atingindo proporções epidêmicas em alguns países, também eleva o risco de diabete, doenças respiratórias, problemas musculares e de pele, infertilidade, pressão sanguínea alta, derrame, doenças cardíacas e câncer associado a hormônios.
Em um estudo separado publicado na revista, cientistas do Hospital Real Victoria, em Belfast, Irlanda do Norte, afirmaram que o ácido fólico pode ajudar a reduzir o risco do câncer de intestino em pacientes de alto risco.
Todos os pacientes da pesquisa tinham tumores pré-cancerosos no intestino. Metade recebeu suplementos de ácido fólico e o restante tomou uma pílula inativa (placebo).
A equipe realizou biópsias com intervalos regulares de quatro semanas, para avaliar o impacto dos suplementos. Os pacientes tomando ácido fólico tiveram menos células em proliferação do que o grupo do placebo.
O câncer de cólon e reto afeta mais de 3,5 milhões de pessoas em todo o mundo anualmente e é uma importante causa de morte em países desenvolvidos. Se detectado e tratado precocemente, a taxa de sobrevivência é boa. Cientistas suspeitam que a doença seja causada por uma combinação de fatores genéticos e de estilo de vida.