Uma alimentação balanceada e exercícios físicos regulares são essenciais para reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e osteoporose durante o climatério. Essa fase da vida atinge as mulheres na faixa etária entre 35 e 70 anos, marcando a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. O vice-presidente da Confederação Médica Brasileira, o ginecologista Arnaldo Bernardino, em entrevista ao programa "Revista Brasil", da Rádio Nacional AM, explica que o climatério se caracteriza por um conjunto de alterações orgânicas e psíquicas. Os sintomas mais freqüentes são: irregularidade menstrual; ondas de calor; transpiração excessiva, principalmente durante a noite; insônia; alteração de humor; diminuição da libido; fadiga e ressecamento vaginal.
“Toda mulher apresenta esses sintomas com maior ou menor gravidade, mas a freqüência com que eles ocorrem pode ser influenciada por diversos fatores, como idade e raça. O fim da produção espontânea de hormônios femininos e as alterações psicológicas que afetam individualmente cada mulher são as principais causas para o aparecimento desses sintomas”, destaca Bernardino.
Segundo o ginecologista, estão sendo usados tratamentos eficazes de reposição hormonal para diminuir o mal-estar provocado pelo climatério, até a chegada da menopausa. “O grau de eficácia desses produtos ainda não é totalmente comprovado, por isso é importante que a mulher, durante essa fase, evite o consumo excessivo de café e bebidas alcoólicas, o cigarro e faça exercícios regularmente”, explica.
A osteoporose e as doenças cardiovasculares durante o climatério podem ser conseqüência de uma vida desregrada e pouco saudável, com uma alimentação rica em colesterol, falta de exercícios físicos, fumo, excesso de café e refrigerantes. “A mulher precisa sempre cuidar da saúde, principalmente quando está em fase reprodutiva”. O médico recomenda ainda para que as mulheres visitem periodicamente o ginecologista e façam regularmente todos os exames preventivos.