Níveis moderados de deficiência de ferro são comuns em bebês, meninas na adolescência e mulheres em idade reprodutiva dos Estados Unidos, mesmo que a anemia por deficiência de ferro continue sendo rara, segundo estudo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).A anemia ocorre quando os estoques de ferro do corpo são insuficientes. Esta deficiência pode tornar o sangue incapaz de suprir o corpo com o nível necessário de oxigênio, provocando fadiga, problemas cardíacos e gastrointestinais.
"Um dos objetivos nacionais no setor de saúde é reduzir, até 2010, a deficiência de ferro nestas populações vulneráveis em 3 a 4 pontos percentuais", informou a equipe de Anne Looker, epidemiologista do Centro Nacional para Estatísticas em Saúde, dos CDC, em Hyattsville.
De acordo com o artigo publicado na edição de 11 de outubro do Morbidity and Mortality Weekly Report, a meta é manter os níveis de deficiência de ferro em 5, 1 e 7 por cento, respectivamente, para bebês, crianças em idade pré-escolar e mulheres na faixa etária de 12 a 49 anos.
A equipe de Looker comparou os dados nacionais de saúde e nutrição de 1999-2000 a dados semelhantes do período de 1988-1994.
Os pesquisadores verificaram que a prevalência da deficiência de ferro foi semelhante nas duas pesquisas para a maioria das faixas etárias e dos grupos de gênero. Eles observaram que a deficiência de ferro permanece 2 a 5 pontos percentuais acima dos objetivos nacionais de saúde para 2010.
A prevalência estimada de deficiência de ferro foi maior entre crianças de 1 a 2 anos (7 por cento) e mulheres de 12 a 49 anos (9 a 16 por cento). Entre mulheres de minorias na faixa etária de 12 a 49 anos, a prevalência foi duas vezes mais alta que os objetivos para 2010 (19 a 22 por cento).
"Esperávamos que houvesse uma evidência maior de progresso," disse Looker. "Embora ainda exista tempo até 2010, seria bom começar a visualizar o cumprimento destes objetivos".
Os médicos são fundamentais para que os EUA alcancem as metas de 2010, disse a pesquisadora. Os CDC estão recomendando que as adolescentes e mulheres em idade reprodutiva sejam submetidas a exames para detectar anemia a cada cinco ou dez anos, observou Looker.
Ela lembrou que bebês de alto risco também deveriam ser avaliados. "Os médicos podem ter um papel importante na decisão de quem precisa ser submetido a exames para detectar a anemia", explicou a pesquisadora.