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  AIDS
Testes de vacina de DNA contra Aids podem começar em 2003
Terça, 12 de novembro de 2002, 15h40

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Os testes em humanos com uma nova vacina de DNA para o tratamento da Aids devem começar no início do próximo ano, após resultados animadores com macacos, disse nesta terça-feira a companhia britânica de vacinas PowderJect.

O presidente e diretor-executivo da empresa, Paul Drayson, disse à Reuters que a vacina, desenvolvida pelo laboratório GlaxoSmithKline, mostrou-se eficaz em estudos pré-clínicos anteriores.

"Em outras palavras, esses animais têm o HIV e têm sido tratados com a vacina terapêutica e a carga viral dentro da corrente sanguínea deles se mantém baixa. Isso nos dá evidências de sermos capazes de começar os testes clínicos com humanos. E esperamos fazê-lo no próximo ano", afirmou ele.

Diferentemente das vacinas tradicionais, que usam uma forma enfraquecida do vírus para estimular uma resposta do sistema imunológico, as vacinas gênicas, também chamadas de vacinas de DNA, usam uma pequena porção do seu DNA. O método abre a possibilidade de vacinas mais seguras que possam tanto tratar quanto prevenir doenças.

A PowderJect está desenvolvendo cinco vacinas gênicas que seriam injetadas em uma velocidade supersônica na pele, sem a necessidade de agulhas.

"Pegamos DNA e o levamos às células imunológicas na camada principal da pele usando o aparelho Powderject", disse Drayson.

"Essas células agem como pequenas fábricas para converter o DNA em proteínas que estimulam uma resposta imunológica. Essa é uma forma muito mais segura porque não se está levando uma parte do vírus, apenas leva-se um componente genético dele", explicou. "Verificamos que temos respostas imunológicas muito fortes."

Drayson indicou que o desenvolvimento de uma vacina de DNA anti-HIV era uma chance de alto risco com significativos obstáculos técnicos. Mas, se tudo correr bem, o lançamento poderia ocorrer no final desta década, segundo ele.

A PowderJect, que gastou 21 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento nos últimos seis meses, também planeja começar a fase dois de testes no próximo ano de sua tecnologia sem agulhas, testando sua vacina contra a gripe recordista de vendas, a Fluvirine.

"A vacina usa nosso processo de fabricação existente e um antígeno da gripe, então esse é um projeto relativamente de baixo risco", acrescentou o presidente da companhia. Ele prevê que o lançamento desse tipo de vacina, que pode ocorrer em 2006 ou 2007, sinalizaria o fim das tradicionais injeções com agulha.

A empresa disse que os testes clínicos de vacinas de DNA contra herpes e câncer também devem começar em 2003. A PowerJect centra-se ainda no hantavírus, em parceria com o exército dos Estados Unidos.

Reuters

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