Preconceito e discriminação são os temas da campanha deste ano para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, comemorado todos os anos no dia 1o. de dezembro. A campanha, lançada nesta terça-feira pelo presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e o ministro da Saúde, Barjas Negri, já começou a ser veiculada no Brasil.O tema, escolhido pelas Nações Unidas todos os anos, tem que ser desenvolvido em uma campanha pelos países. Este ano, o filme para televisão desenvolvido pelo Ministério da Saúde será veiculado durante uma semana em horário nobre, a partir de primeiro de dezembro.
A imagem tem início com uma imagem desfocada de uma mulher deitada num sofá e uma mancha vermelha próxima à barriga, insinuando ser uma mancha de sangue.
Neste momento, entra uma locução em off com a seguinte frase: "Com preconceito é assim...". A cena volta ao foco e o que se vê é uma mulher sorrindo, deitada no sofá, segurando em uma das mãos um cartão e na outra um ramalhete de flores vermelhas. Novamente em off, a locução completa a frase anterior: "Você não enxerga as coisas como realmente são".
Ao final, a assinatura da campanha com o slogan: "Aids. O preconceito tem cura".
Além da peça publicitária para TV, serão distribuídos cartazes e folders informativos onde aparece a imagem de um rapaz de costas com os seguintes dizeres: "É assim que muita gente encara a Aids. Encare a Aids com informação sobre prevenção e respeito aos portadores. 1o. de dezembro. Dia Mundial de Luta Contra a Aids."
Os cartazes e folders estão sendo enviados para Estados, municípios, organizações da sociedade civil, que farão a distribuição para os serviços de saúde e para a população em geral.
Este ano, a campanha tem ainda outra novidade. O mesmo texto e imagem está sendo usado como propaganda na Internet, como "pop-ups" _ quadros que surgem quando um site é aberto.
No lançamento da campanha, o presidente lembrou que a ONU esperava que o Brasil tivesse 1,2 milhão de portadores do vírus HIV no ano 2002, e o país hoje tem 600 mil.
" Temos 600 mil pessoas nessa condição. Conseguimos, portanto, evitar 600 mil infecções em dez anos. Estamos vencendo. E nossas vitórias serão maiores se, juntos, eliminarmos a discriminação e o preconceito contra os portadores do HIV", disse Fernando Henrique.