Vida e Saúde Saúde em dia
Capa
ABC da Saúde
Boa forma
Dicas de Saúde
Gravidez e Filhos
Notícias de Saúde
Qualidade de Vida
Sexo e Saúde
Vida Saudável
Sites relacionados
Medicinal
Plástica e Beleza
Boletim
Receba novidades de Vida e Saúde todo semana em seu e-mail
Fale conosco
Envie críticas e sugestões
Saúde em dia
  AIDS
Brasil exporta programa pioneiro anti-Aids para o Cone Sul
Sexta, 29 de novembro de 2002, 17h37

Confira também
Especiais:
Tudo sobre Aids
Sexo Seguro
Aprenda a colocar a camisinha
Testes e Quiz:
Você sabe colocar a camisinha?
Você sabe se proteger?

Todas as notícias relacionadas
 
Um projeto que começou tímido no Brasil em meados de 1994 e criou muita polêmica, especialmente por promover a troca de seringas usadas por novas entre usuários de drogas injetáveis, é considerado hoje um exemplo mundial de luta contra a epidemia de HIV/Aids e está sendo exportado para o Cone Sul, por intermédio da ONU.

"Quando começamos o programa de redução de danos encontramos inúmeras dificuldades. A própria legislação na época, dizendo que qualquer apoio à atividade do uso de drogas era crime, limitava nosso trabalho", disse Rose Munhoz, responsável pela unidade de cooperação externa da Coordenação Nacional DST/Aids.

Usando aconselhamento, recomendando serviços de saúde para testar o HIV e trocando seringas, os técnicos do Ministério da Saúde infiltraram-se entre os usuários de drogas injetáveis e conseguiram reduzir de 24, em 1994, para 12 por cento, em 2002, a proporção de pertencentes a esse grupo no total de infectados pelo HIV. Os resultados chamaram a atenção global.

"O desafio no Cone Sul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile), onde o projeto será aplicado, é ainda maior", diz Giovanni Quaglia, representante no Brasil do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (ODC). "Na Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile a taxa de usuários infectados ronda os 40 por cento (de todos os portadores de HIV) e o apoio do governo ao combate da Aids é bastante fraco."

Nesta semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que investiria 1 milhão de dólares nos países que integram o Cone Sul para ampliar a experiência na prevenção do HIV/Aids ligada às drogas.

Segundo Quaglia, o programa já foi aprovado pelos governos e o dinheiro foi repassado há poucas semanas. A execução do projeto está prevista para ter início em janeiro de 2003.

"A prevenção do HIV/Aids deve ser vista como um investimento e não como um gasto extra do governo", destacou Quaglia.

No Brasil, cerca de 65 mil usuários de drogas injetáveis já foram atendidos pelo projeto, e outras populações de risco, como profissionais do sexo e presidiários, também recebem atendimento.

"Queremos pular etapas com nossos vizinhos e amenizar os obstáculos com que nos deparamos no Brasil", apontou Munhoz, acrescentando que as drogas são um problema de saúde pública que levam a consequências piores como a Aids.

"O uso de drogas em si, sejam elas ilícitas ou não, deixa as pessoas mais vulneráveis ao HIV, já que quando estão bêbadas ou drogadas esquecem-se de usar o preservativo e adotam um comportamento de risco", disse ela.

O objetivo do programa, entretanto, não é apenas bloquear o risco de um usuário de droga infectar-se com o HIV. "A meta final é fazer com que a pessoa largue a droga de vez e saia do grupo de alto risco da Aids", afirmou Quaglia.

Reuters Health

volta

 » Condições de uso do canal Vida e Saúde
 » Conheça o Terra em outros países Resolução mínima de 800x600 © Copyright 2002,Terra Networks, S.A Proibida sua reprodução total ou parcial
  Anuncie  | Assine | Central do Assinante | Clube Terra | Fale com o Terra | Aviso Legal | Política de Privacidade