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Creme à base de vitamina A pode prevenir câncer de pele
Sexta, 25 de outubro de 2002, 16h23

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Aplicar sobre a pele um creme contendo um derivado da vitamina A pode evitar o surgimento do tipo mais comum de câncer de pele, informaram pesquisadores. A equipe de Ervin Epstein Jr., da Universidade da Califórnia, em São Francisco, descobriu que camundongos com predisposição a câncer de pele desenvolveram um número menor de tumores e de tamanhos menores quando expostos à radiação ultravioleta após receber aplicações do creme com a vitamina A, em comparação com roedores tratados com um creme inativo (placebo).

A forma mais comum de câncer de pele é o carcinoma basocelular, que surge na base da epiderme (a camada mais superficial da pele) e é altamente curável. No estudo, os cientistas modificaram geneticamente os roedores para desenvolver um distúrbio semelhante a uma doença hereditária em humanos chamada síndrome do nevo das células basais (SNCB), que torna as pessoas propensas a desenvolver carcinomas basocelulares.

Em entrevista, Epstein disse que, no futuro, talvez esse tipo de creme à base de vitamina A possa ajudar os portadores da SNCB a prevenir o câncer de pele. Comentou ainda que o tratamento poderá beneficiar pacientes que não sofrem da síndrome, mas apresentam tumores de pele.

O pesquisador advertiu, no entanto, que é necessário realizar mais estudos com o creme antes que ele possa ser usado em humanos. Estudos anteriores haviam sugerido que derivados da vitamina A poderiam atuar contra alguns tipos de câncer, como o de mama. Pesquisadores haviam demonstrado também que a ingestão de comprimidos contendo derivados da vitamina A auxiliam na redução do tamanho dos tumores, mas, quando administrado via oral, o tratamento podia causar efeitos colaterais graves.

Segundo Epstein, existem algumas diferentes apresentações dos derivados da vitamina A. No tratamento testado, os pesquisadores usaram o tazaroteno, atualmente usado para combater acne e psoríase (escamação da pele). Outros derivados da vitamina A são as drogas antiacne Accutane e Retin A.

No estudo atual, os pesquisadores passaram tazaroteno na pele dos camundongos com propensão a desenvolver o câncer 5 vezes por semana, durante 330 dias. A partir do segundo mês do tratamento, os ratos foram expostos à radiação ultravioleta 3 vezes por semana.

Os roedores submetidos à terapia com o creme à base de vitamina A desenvolveram 85 por cento menos tumores - que também tinham tamanhos menores - que os ratinhos tratados com placebo, de acordo com os resultados do trabalho, apresentados pela equipe de Epstein neste mês, no Encontro sobre as Fronteiras da Pesquisa em Prevenção do Câncer, realizado pela Associação Americana para Pesquisa do Câncer, em Boston.

Em uma entrevista, o coordenador do trabalho disse que ninguém sabe ao certo por que a vitamina A pode auxiliar na prevenção do câncer. No entanto, ele disse suspeitar que, nesse caso, o tratamento evite que as células continuem a se proliferar. No carcinoma basocelular, explicou Epstein, as células podem entrar numa fase em que começam a se multiplicar sem parar. A vitamina A pode forçar essas células a passar do estágio de proliferação para o de diferenciação, quando adquirem as funções específicas para as quais são destinadas, comentou Epstein.

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