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Nova técnica com células-tronco pode combater leucemia
Segunda, 28 de outubro de 2002, 20h35

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Cientistas britânicos desenvolveram uma nova técnica com células-tronco que pode ajudar pacientes com leucemia ou linfoma em estagio avançado.

Eles alteraram geneticamente células-tronco de doadores, de modo que as células pudessem sobreviver à quimioterapia altamente toxica. As células-tronco são células mestres que podem dar origem a todos os tipos de células.

Raj Chopra, médico da Universidade de Manchester e responsável pelo desenvolvimento da técnica, disse durante uma conferência médica na segunda-feira que os resultados preliminares de estudos com animais foram estimulantes.

"Nosso novo sistema, que chamamos de quimioproteção genética, evita que as células-tronco de doadores sejam danificadas pela quimioterapia e permite o uso de doses maiores", explicou Chopra.

O transplante de células-tronco poderia ser usado no tratamento da leucemia e linfoma, distúrbios que afetam o sangue e o sistema linfático, em pacientes que não respondem à terapia convencional.

As células-tronco de doadores são transplantadas para produzir resposta imunológica contra a doença. Geralmente, o transplante é acompanhado por altas doses de quimioterapia para matar as células cancerosas, mas as drogas também podem prejudicar as células-tronco de doadores.

Em uma tentativa para superar o problema, Chopra e Lez Fairbairn isolaram células-tronco, as cultivaram em laboratório e usaram um vírus para inserir o gene Atase, de modo a torná-las resistentes aos efeitos tóxicos da quimioterapia.

Em um estudo com camundongos, a quimioterapia matou as células cancerosas e muitas células-tronco do próprio animal. No entanto, as células transplantadas sobreviveram e fortaleceram as defesas naturais contra o câncer.

"A resposta imunológica foi gerada inteiramente pelas células transplantadas", disse Chopra, em encontro do grupo Cancer Research UK.

As células-tronco - derivadas de embriões, fetos, cordão umbilical ou tecido do próprio paciente - podem curar enfermidades como diabete, derrame, doença cardíaca, Alzheimer e alguns tipos de câncer.

Reuters

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