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Estudo revela nova função de gene ligado ao câncer de mama
Segunda, 04 de novembro de 2002, 13h07

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Há muito tempo, os cientistas sabem que as mulheres portadoras de uma cópia defeituosa do gene BRCA1 apresentam um risco superior à média de desenvolver câncer de mama e de ovário. Também suspeitam de que o BRCA1 normalmente atue na reparação de DNA danificado - sem essa capacidade de restauração, as células têm maior chance de se tornarem cancerosas.

Agora, um novo estudo sugere que esse gene também participe de um processo aparentemente sem nenhuma relação com o câncer: a desativação de uma das duas cópias do cromossoma X que as mulheres carregam.

A maneira como esses resultados ajudarão os pesquisadores a compreender melhor o papel do BRCA1 no câncer ainda não está clara, mas muitas das grandes descobertas tiveram origem em resultados aparentemente inesperados, comenta Robert Weinberg, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Boston.

"Pensávamos compreender a função do BRCA1, mas agora sabemos não conhecer o que esse gene faz", comenta o especialista.

No estudo atual, publicado na edição de 1o. de novembro da revista Cell, a equipe de David M. Livingston, do Instituto de Câncer Dana-Farber, em Boston, relatou que o BRCA1 influencia a forma como a informação genética das mulheres é expressa.

Winberg, que não participou da pesquisa, explicou que as meninas nascem com dois cromossomas sexuais X, enquanto que os meninos têm um cromossoma X e um Y. Desse modo, as mulheres apresentam duas cópias de cada gene do cromossoma X, e os meninos, apenas uma. Com a finalidade de igualar a expressão dos genes nos dois sexos, o organismo feminino passa por um processo de "desativação" de um dos cromossomas X.

A equipe de Livingston descobriu que uma alteração no gene BRCA1 pode levar a um defeito nessa desativação de um dos cromossomas X das mulheres. No trabalho, os pesquisadores constataram ainda que células cancerosas extraídas de pacientes com o BRCA1 alterado também apresentaram mudanças na estrutura do cromossoma X desativado.

Além disso, os cientistas demonstraram que a inibição de uma cópia normal do BRCA1 aumenta a probabilidade um gene localizado no cromossoma X desativado tornar-se ativo novamente.

Ainda não se sabe qual a consequência de ter dois cromossomas X atuantes - ou um ativo e outro semi-ativo, comentou Weinberg. "É uma situação biológica muito incomum", disse o especialista. As células contendo dois cromossomas X funcionais também apresentarão probabilidade maior de ter um número de genes ativos superior ao normal, situação que potencialmente favorece o desenvolvimento de células do câncer de mama.

Bruce Stillman, do Laboratório Cold Spring Harbor, em Nova York, disse à Reuters Health que os resultados dessa pesquisa "abrem possibilidades jamais imaginadas anteriormente".

Ainda é cedo para dizer como essa nova informação sobre o BRCA1 auxiliará os pesquisadores, mas Stillman acredita que ela poderá ser usada para desenvolver novas formas de diagnosticar e tratar tumores de mama. "É uma descoberta interessante que levanta muitas questões."

Reuters Health

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