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  CÂNCER
Droga experimental brasileira faz tumor quase sumir em ratos
Quarta, 06 de novembro de 2002, 19h06

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Uma droga experimental fez com que tumores praticamente desaparecessem em ratos, oferecendo esperanças no tratamento de diversos tipos sólidos de câncer, de acordo com o professor Antônio Fávero Caíres, da Universidade de Mogi das Cruzes.

"Espero que o composto tenha efeitos contra tumores sólidos como de ovário, próstata, tireóide, entre outros", disse Caíres, coordenador do projeto de desenvolvimento da droga, à Reuters na quarta-feira.

O composto, à base do elemento químico paládio, provocou uma "regressão expressiva do tumor" em 80 por cento dos ratos tratados. "Nesses animais, o câncer praticamente desapareceu. Isso comprova o sucesso do tratamento", disse o professor à Reuters. Segundo ele, os testes em humanos devem começar no ano que vem.

Caíres explicou que o medicamento inibe a ação de uma enzima importante no metabolismo do câncer, chamada catepsina B. Ela é responsável pela metástase (disseminação do tumor), pelo crescimento do câncer e pela formação de vasos sanguíneos que alimentam o tumor. Com o novo composto, os cientistas brasileiros esperam inibir o crescimento tumoral e até provocar sua regressão e morte.

Uma vantagem da nova droga é sua baixa toxicidade, de acordo com Caíres. Ele explicou que outros compostos organometálicos no mercado, como remédios anticâncer à base de cisplatina, são muito tóxicos, pois também afetam as células saudáveis. "A droga atua em alvos mais específicos das células tumorais e, portanto, causa menos efeitos colaterais."

Caíres e sua equipe entraram com pedido de patente do composto junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) no dia 30 de agosto. A futura patente deverá ser propriedade da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que investiu cerca de 2 milhões de dólares na pesquisa.

"O composto está pronto para ser testado em humanos. Acho que até metade do ano que vem estaremos testando em humanos", disse o professor, acrescentando que a equipe está negociando parcerias com laboratórios internacionais para desenvolver os ensaios com pessoas.

"Ainda precisamos de muitos estudos, mas acredito que a droga será muito mais eficaz em alguns tipos de câncer, como o de tireóide, para os quais não há fármaco específico", afirmou ele. Caíres ressaltou que o medicamento deverá levar, pelo menos, entre três e cinco anos para chegar ao mercado.

Reuters

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