Vida e Saúde Saúde em dia
Capa
ABC da Saúde
Boa forma
Dicas de Saúde
Gravidez e Filhos
Notícias de Saúde
Qualidade de Vida
Sexo e Saúde
Vida Saudável
Sites relacionados
Medicinal
Plástica e Beleza
Boletim
Receba novidades de Vida e Saúde todo semana em seu e-mail
Fale conosco
Envie críticas e sugestões
Saúde em dia
  CÂNCER
Proteína pode indicar risco de morte associado a tumor de mama
Quinta, 14 de novembro de 2002, 12h15

Confira também
Todas as notícias relacionadas
 
Taxas elevadas de uma proteína encontrada em tumores de mama podem indicar as mulheres que apresentam uma probabilidade menor de sobreviver à doença, sugere um estudo preliminar.

Pesquisadores descobriram que ter níveis altos da proteína ciclina E é um indicador mais eficaz do prognóstico das pacientes que os métodos tradicionalmente utilizados, como a avaliação da disseminação do câncer de mama para os linfonodos.

O teste poderia ser especialmente útil para identificar uma pequena porcentagem de mulheres com câncer em estágio inicial (estágio 1) que apresentam prognóstico ruim, disse a coordenadora do estudo, Khandan Keyomarsi, à Reuters Health.

Keyomarsi salientou, porém, que é necessário aguardar os resultado de outras pesquisas, ainda em andamento, antes que exames para detectar os níveis da ciclina E possam ser aplicados.

"Nossa esperança é ter um marcador que identifique as mulheres com melhor ou pior prognóstico", disse Keyomarsi, que trabalha no Centro do Câncer M.D.Anderson, da Universidade do Texas, em Houston. A equipe da pesquisadora relatou esses resultados em artigo publicado na edição de 14 de novembro da revista New England Journal of Medicine.

Estudos anteriores haviam indicado que a expressão da ciclina E estaria aumentada em células do câncer de mama. Normalmente, a proteína ajuda a regular a divisão celular, que ocorre continuamente no organismo. Quando a proteína é produzida em grande quantidade, porém, as células se tornam incapazes de parar de se dividir -- um efeito que Keyomarsi compara a um "carro sem freios". A divisão descontrolada e disseminação dessas células anormais são dois dos fatores que caracterizam o câncer.

Apesar desses resultados, não estava claro se os níveis de ciclina E em células de câncer de mama tinham algum valor prognóstico.

No estudo atual, a equipe de Keyomarsi analisou amostras de tumor de 395 mulheres que receberam diagnóstico de câncer de mama entre 1990 e 1995. Os pesquisadores descobriram que as pacientes com níveis elevados de ciclina E corriam um risco mais de 13 vezes maior de morrer em 6 anos que as mulheres com níveis baixos da proteína.

Entre as 114 mulheres com câncer em estágio 1, doze apresentavam níveis elevados de ciclina E de baixo peso molecular -- uma forma menor e "hiperativa" da proteína. Todas morreram até 5 anos após o diagnóstico da doença, enquanto as demais pacientes com a enfermidade em estágio inicial continuavam vivas.

De um modo geral, os níveis elevados de ciclina E indicaram um prognóstico ruim para as pacientes com câncer de mama em estágio 1, 2 ou 3 -- no estágio 3, o tumor é grande e já se espalhou por linfonodos próximos.

Os níveis de ciclina E podem, no entanto, se mostraram particularmente úteis para identificar cerca de 10 por cento das pacientes com doença no estágio 1 que não respondem bem ao tratamento, segundo Keyomarsi. Nessa fase da doença, o tumor não se disseminou para os linfonodos e, por esse motivo, não é possível usar o método tradicional que avalia o grau de comprometimento dessas estruturas para fazer o prognóstico das pacientes.

Se estudos posteriores confirmarem o valor prognóstico dos níveis de ciclina E, esses testes poderão ser usados para decidir quais são as mulheres que precisam receber um tratamento mais agressivo e aquelas que podem ser poupadas de uma "quimioterapia pesada," disse Keyomarsi.

A ciclina E também aparece em outros tumores, mas ainda não se sabe se a proteína pode indicar o prognóstico da doença nesses outros tipos de câncer, comentou a coordenadora do estudo. Pesquisas futuras deverão descobrir isso, disse Keyomarsi.

Um editorial sobre a pesquisa, publicado na mesma edição da revista, afirma que o risco de morte por câncer de mama associado a níveis elevados de ciclina E é "significativamente maior" que o indicado por outros fatores de prognóstico.

"Sem dúvida", esse estudo vai estimular a investigação sobre o papel que a ciclina E e moléculas semelhantes desempenham no câncer de mama, escreveram Robert L. Sutherland e Elizabeth A. Musgrove, do Instituto Garvan de Pesquisas Médicas, em Sydney (Austrália).

Reuters Health

volta

 » Condições de uso do canal Vida e Saúde
 » Conheça o Terra em outros países Resolução mínima de 800x600 © Copyright 2002,Terra Networks, S.A Proibida sua reprodução total ou parcial
  Anuncie  | Assine | Central do Assinante | Clube Terra | Fale com o Terra | Aviso Legal | Política de Privacidade