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Cientistas criam rato resistente ao câncer
Sexta, 15 de novembro de 2002, 16h24

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Uma equipe do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha conseguiu a primeira modificação genética em ratos capaz de torná-los mais resistentes ao câncer sem acelerar seu envelhecimento ou produzir efeitos colaterais. A informação foi publicada hoje na revista da Organização Européia de Biologia Molecular (Embo).

O experimento, que consistiu em introduzir cópias extra do gene que controla a multiplicação celular em situações de stress ou dano genético, abre um novo caminho no desenvolvimento de remédios para o tratamento da doença. Em janeiro, o norte-americano Stuart Tyner descobriu uma modificação genética com efeitos similares, mas que causava o envelhecimento prematuro e a morte dos ratos. A equipe espanhola, dirigida por Manuel Serrano, é a primeira a encontrar uma técnica que aumenta a resistência ao câncer sem produzir efeitos colaterais, explica uma nota do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) espanhol.

Ambos os experimentos se baseiam no gene p53, que causa a morte celular quando várias situações de stress geram danos ao DNA, evitando assim que células transformadas possam se multiplicar. Seu papel é essencial para evitar a proliferação incontrolada de células, principal causa dos tumores, já que grande parte dos cânceres se deve à aquisição de uma mutação que inativa total ou parcialmente este gene.

Enquanto a modificação obtida por Tyner (uma forma alterada de p53) reforçava a atividade do gene permanentemente, inclusive na ausência de um dano real, a dos cientistas espanhóis só o ativa em situações suscetíveis à produção do câncer. Os ratos espanhóis apresentam uma vida normal, acompanhada de uma maior resistência ao câncer induzido ou espontâneo, frente à morte prematura por envelhecimento dos norte-americanos. O motivo pode ser uma implicação de p53 nos processos de envelhecimento, além de seu conhecido controle dos mecanismos de reprodução celular.

O comunicado afirma que a pesquisa abrirá novas linhas para o estudo dos mecanismos de defesa do câncer e dos processos de envelhecimento, dois dos grandes desconhecidos no campo da genética. O experimento servirá também de orientação para novos tratamentos médicos baseados em remédios que potencializem a atividade dos genes supressores de tumores e evitem os efeitos colaterais.

Além da publicação dos resultados na revista da Embo, o trabalho será abordado na Nature, Nature Cancer Reviews, Nature Cell Biology, Science, Cancer Cell e Experimental Gerontology. A pesquisa foi desenvolvida em colaboração com a também cientista do CSIC María Blasco, o Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas, a Universidade Complutense de Madri e a Faculdade de Medicina Necker-Enfants Malades de Paris.

EFE

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