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Álcool e reposição hormonal podem ampliar risco de câncer
Terça, 19 de novembro de 2002, 12h16

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Pesquisas já vinham sugerindo que mulheres que passaram pela menopausa e consomem bebidas alcoólicas ou fazem terapia de reposição hormonal correm risco acima da média de desenvolver câncer de mama. Agora, novas evidências mostram que a combinação desses fatores pode agravar a situação. A partir da análise de mais de 44 mil voluntárias, os pesquisadores descobriram que as pacientes que tomavam pelo menos um drinque e meio por dia e, ao mesmo tempo, fizeram reposição hormonal durante, no mínimo, cinco anos apresentavam duas vezes mais chances de desenvolver câncer de mama em comparação com as mulheres que não bebiam nem se submetiam à reposição.

Os autores também demonstraram que as voluntárias que fizeram uma dessas duas coisas isoladamente pareceram apresentar um risco 30 por cento maior de desenvolver câncer de mama, comparadas às pacientes que não bebiam nem repuseram hormônios. Segundo a autora do estudo, Wendy Y. Chen, do Hospital Women's and Brigham e do Dana-Farber Cancer Institute, em Boston, nos EUA, as mulheres que passam pela menopausa têm muito trabalho hoje para selecionar as inúmeras informações médicas disponíveis. "Muitas estão enfrentando decisões difíceis", disse a pesquisadora à Reuters Health.

A cientista espera que, ao decidir sobre se submeter ou não à reposição, as pacientes também considerem o efeito da ingestão diária de álcool sobre o risco de câncer de mama.
Não é uma decisão fácil, admitiu Chen. O estudo sugeriu que o álcool pode aumentar o risco de desenvolver esse tipo de câncer, mas várias pesquisas anteriores indicam que o consumo regular de álcool pode melhorar a saúde cardiovascular das mulheres.

Para organizar a confusão, Chen lembrou que mulheres que bebem uma média de menos de um drinque por dia - dois drinques por semana, por exemplo - não apresentaram risco maior de ter câncer de mama. Não existe uma quantidade mínima estabelecida de bebida alcoólica para que as mulheres obtenham benefícios para a saúde cardíaca, observou Chen. Dessa forma, reduzir o consumo a menos de um copo por dia pode ajudar o coração sem prejudicar a mama.

A equipe de Chen analisou um grupo de 44.187 voluntárias que haviam passado pela menopausa. Elas foram observadas durante 14 anos. A cada dois anos, as mulheres foram examinadas, e os pesquisadores registravam se faziam reposição hormonal ou se apresentavam câncer de mama. Em quatro momentos durante o estudo, os cientistas perguntaram às pacientes sobre a quantidade de álcool consumida. O trabalho foi publicado na edição de 19 de novembro do Annals of Internal Medicine.

Um total de 1.722 voluntárias apresentaram câncer de mama. Os autores descobriram que o risco para a doença aumentava se as mulheres bebessem um drinque e meio de álcool - vinho, cerveja ou destilados - ou faziam reposição ou ambos.
Chen explicou que o estudo não avaliou como o consumo de álcool ou a terapia de reposição poderia influenciar o risco de câncer de mama, mas informou que pesquisas anteriores sugeriram que os dois fatores podem aumentar o risco ao elevar os níveis de estrogênio no corpo.

Chen enfatizou que os resultados não sugerem que as mulheres devam abandonar completamente o álcool. "Na minha opinião, o consumo deveria ser limitado a menos de um copo e meio por dia", observou a pesquisadora.

Reuters Health

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