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Pílula pode aumentar risco de câncer em portadoras de mutação
Quarta, 04 de dezembro de 2002, 15h49

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Mulheres portadoras de uma mutação genética associada ao câncer de mama e ao de ovário e que usam pílulas anticoncepcionais apresentam risco maior de desenvolver câncer de mama em comparação às portadoras que nunca usaram contraceptivos orais, informou um novo estudo.

Os pesquisadores avaliaram mais de 2.600 pacientes que apresentavam mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 ou em ambos, metade das quais desenvolveu câncer de mama. Entre portadoras da mutação BRCA1, os fatores que implicaram aumento na propensão a apresentar câncer de mama foram: ter tomado pílula antes de 1975, haver utilizado o anticoncepcional oral por mais de cinco anos ou antes dos 30 anos de idade.

Em geral, o uso de pílula por portadoras do BRCA1 aumentou o risco de apresentar a doença em 1,2 vez. Participaram do estudo pesquisadores da América do Norte, Europa e Oriente Médio.

A equipe de cientistas concluiu que as portadoras do BRCA1 provavelmente podem usar a pílula de forma segura após os 30 anos, período em que o contraceptivo poderia inclusive ajudar a reduzir o risco de câncer de ovário. Um estudo recente verificou que a redução no risco de desenvolver o mal foi de até 60% no caso de portadoras das mutações BRCA1 ou BRCA2 que usaram pílula.

O coordenador do estudo, Steven A. Narod, ressaltou que os resultados só se aplicam a portadoras da mutação BRCA1. "Em geral, para mulheres que não apresentam a alteração, a pílula é bastante segura", disse Narod à Reuters Health.

Um estudo realizado em 2002 pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças não encontrou aumento nas chances de apresentar câncer de mama relacionado ao uso anterior de contraceptivos orais.

Algumas conclusões também sugeriram que a pílula era segura para portadoras de mutação BRCA2, mas são necessários novos estudos com grupos maiores para confirmar essa hipótese, observou a equipe de Narod.

Os resultados foram publicados na edição de 4 de dezembro do Journal of the National Cancer Institute.

Segundo Narod, o risco de desenvolver câncer de mama ao longo da vida em portadoras da mutação BRCA1 é "em média, de 70 por cento." Para as mulheres em geral, o risco é de cerca de 13 por cento, segundo o National Cancer Institute. Nos Estados Unidos, cerca de uma em cada 250 mulheres apresenta a mutação BRCA1, observou Narod, professor de saúde pública da Universidade de Toronto.

"Essa pesquisa é importante por ser a primeira a incluir um grande número de portadoras de mutações BRCA1", declarou Lesley Walker, diretor do Cancer Information for Cancer Research, do Reino Unido.

"Sempre é difícil orientar as pacientes com base em um único estudo, mas essa pesquisa oferece informações úteis que permitem que as mulheres planejem a contracepção e façam opções sobre meios de prevenir o câncer.

É importante ter em mente que as pílulas reduzem o risco de câncer de ovário em portadoras de mutações BRCA1", explicou o especialista. Ainda que o estudo tenha detectado um pequeno aumento no risco para câncer de mama associado ao uso de pílulas, é "tranquilizador" para portadoras do gene com a mutação e que usam o contraceptivo atualmente, com níveis menores de estrogênio.

O cientista informou que muitas voluntárias deste trabalho usaram pílula antes de 1975, quando o produto continha níveis mais altos desse grupo de hormônios femininos.

"As doses maiores de estrogênio das pílulas antigas, usadas no momento em que as mamas ainda estão em desenvolvimento, provavelmente aumentam a taxa de crescimento e a suscetibilidade ao câncer", disse Narod.

O pesquisador informou, ainda, que não espera encontrar um risco elevado caso o estudo seja repetido em uma geração de mulheres que usam pílulas com uma quantidade menor de estrogênio, desenvolvidas após 1975.

Reuters Health

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