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Cientistas criam nova técnica para tratar defeitos cardíacos
Segunda, 16 de dezembro de 2002, 17h06

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Cientistas britânicos anunciaram, na segunda-feira, o desenvolvimento de uma nova técnica para diagnosticar e tratar crianças nascidas com defeitos cardíacos.

Chamado de XMR, o método combina imagens de ressonância magnética e raios X convencionais para ajudar a tratar o problema, que afeta cerca de 25 mil bebês anualmente somente nos Estados Unidos. "O novo sistema XRM fornece imagens tridimensionais, uma forma de medir o fluxo sanguíneo e dizer como o coração está batendo - informações clínicas extremamente úteis que ajudam a tratar pacientes com maior precisão e eficiência", disse Reza Razavi, do Hospital Guy & St Thomas, em Londres.

Razavi é um dos integrantes da equipe que desenvolveu e testou o novo método em 12 crianças com defeitos cardíacos congênitos.

Para diagnosticar e tratar crianças com o problema, médicos usam uma técnica chamada cateterismo cardíaco, que envolve a inserção de um cateter, ou tubo, em uma artéria ou veia no pescoço ou na perna e sua condução até o coração. "No momento, apenas os raios X são usados para guiar os cateteres para o coração. Os médicos conseguem ter uma idéia razoável da posição do cateter, mas têm pouca idéia sobre a forma da superfície interna do coração onde podem querer colocar o cateter ou outro dispositivo", explicou Derek Hill, outro membro da equipe, em um comunicado. A nova técnica dá aos médicos uma imagem tridimensional do coração e mostra como o sangue é bombeado.

Embora os raios X e a ressonância magnética sejam usados juntos, os cientistas acreditam que a nova tecnologia e um maior conhecimento vão permitir o uso da ressonância magnética sem raios X, que causam efeitos colaterais prejudiciais que podem levar a outros problemas.

Pesquisadores não sabem exatamente o que causa defeitos cardíacos congênitos, mas a genética e o ambiente estão envolvidos. Rubéola e certos medicamentos usados no tratamento da acne e de problemas psicológicos também podem aumentar o risco de defeitos cardíacos.

Reuters Health

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