Quase metade das mulheres afetadas pela osteoporose, doença que debilita os ossos, não havia recebido tratamento um ano após o diagnóstico do problema, de acordo com os resultados de um estudo norte-americano.A osteoporose é comum entre as mulheres que já passaram pela menopausa e também pode afetar os homens mais velhos. O distúrbio aumenta o risco de fraturas potencialmente limitantes no quadril, na coluna vertebral e em outras partes do corpo. Os resultados da pesquisa foram apresentados na quinta-feira, durante o encontro anual da Sociedade de Pesquisa Epidemiológica, realizado em Palm Desert (Califórnia).
No estudo, a equipe de Jean Wactawski-Wende, da Universidade de Buffalo, em Nova York, examinou 836 mulheres com idade entre 58 e 90 anos para detectar a presença de osteoporose. Nenhuma das pacientes havia passado por exame anterior para diagnosticar a doença. Entre as mulheres que participaram da pesquisa, 428 apresentaram densidade óssea baixa, quadro que é compatível com diagnóstico de osteoporose.
Um ano após a detecção da doença, os pesquisadores entraram em contato pelo correio com as pacientes afetadas pelo distúrbio. O objetivo era verificar quantas delas haviam iniciado o tratamento da osteoporose. Embora 307 houvessem discutido o diagnóstico com um médico, apenas 167 começaram a terapia contra a osteoporose, constataram os pesquisadores.
Em geral, as mulheres que iniciaram o tratamento apresentavam a doença em estágio mais avançado e costumavam fazer mais de uma consulta médica por ano. Elas também eram mais magras e estavam mais informadas sobre o problema que as pacientes que não começaram o tratamento, observaram os autores do trabalho.
"O estudo revelou que há muitas mulheres com osteoporose que não sabem que estão doentes", declarou Wactawski-Wende. "Apenas metade do grupo em que a doença foi identificada acabou recebendo o tratamento. Temos um longo caminho a percorrer para informar as mulheres e os médicos sobre a osteoporose."
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