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Carência de ferro pode gerar dano similar ao de Alzheimer
Quarta, 06 de novembro de 2002, 08h47

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Um estudo recente sugere que a falta de ferro no organismo pode contribuir para a deterioração de células cerebrais provocada pela doença de Alzheimer. Experimentos feitos com neurônios humanos e de animais mostraram que a redução da produção da forma mais comum de ferro encontrada nas células, conhecida como heme, levou a uma degeneração semelhante à provocada pelo envelhecimento e pelo mal de Alzheimer.

Embora ainda seja cedo para afirmar que o consumo de quantidades suficientes de ferro elimine o risco do Alzheimer, "não há motivo" para que as pessoas deixem de ingerir um teor necessário de ferro e de outras vitaminas, comentou um dos autores do estudo, Bruce N. Ames, do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil de Oakland, na Califórnia.

Muitas pessoas não consomem a quantidade de vitaminas e minerais essenciais de que o organismo precisa, observou o pesquisador. No entanto, os compostos polivitamínicos que contêm ferro podem funcionar como "uma pílula de segurança" caso se confirme a relação entre os baixos níveis de heme e a degeneração cerebral -- uma vez que tanto o ferro quanto a vitamina B6 são essenciais para a produção de heme -, disse Ames em entrevista à Reuters Health.

O especialista explicou que a carência de ferro afeta o metabolismo por danificar as mitocôndrias, pequenas estruturas que funcionam como usinas de força das células. Quando a mitocôndria é lesada, substâncias danosas chamadas oxidantes, que contribuem para o envelhecimento, podem se acumular no interior das células, completou Ames.

Em experimentos coordenados por Hani Atamna, os pesquisadores descobriram que a interferência na produção de heme -- a forma de ferro essencial para o funcionamento das células -- causou degeneração e elevou a probabilidade de morte celular. A alteração provocada nas células foi semelhante à que ocorre no cérebro de uma pessoa com Alzheimer. Além disso, o prejuízo na produção de heme fez as células sintetizarem formas anormais de proteínas chamadas APP, que se acumulam e formam os depósitos cerebrais típicos do mal de Alzheimer.

Na pesquisa atual, a equipe da Califórnia trabalhou com células em laboratório. No entanto, sob circunstâncias normais, o envelhecimento, a exposição a alguns metais como o alumínio, e a deficiência de ferro e de vitamina B6, tudo isso pode prejudicar a produção de heme. O estudo não comprovou que a carência de heme cause a degeneração similar à da doença de Alzheimer, mas apontou um "mecanismo aceitável" para explicar a enfermidade, disse Ames.

O pesquisador advertiu que "muitos outros trabalhos são necessários" para confirmar a influência da molécula heme na degeneração cerebral. Nesse meio-tempo, porém, um polivitamínico pode funcionar como uma "pílula de segurança", lembrou o especialista.

"Precisamos incentivar as pessoas a consumir vitaminas e minerais", disse Ames.

Reuters Health

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