As mulheres com incontinência urinária que perderam peso apresentam um número menor de episódios de perda de urina, mesmo 9 meses após terem emagrecido, relatou Leslee Subak na 23 reunião anual da Sociedade Americana de Uroginecologia, na quinta-feira em São Francisco, nos EUA.Subak, do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Ciência da Reprodução da Universidade da Califórnia, em São Francisco, afirmou que a diminuição nas ocorrências de escape involuntário de urina foi de 50 a 60 por cento, "muito semelhante à resposta normal" ao tratamento com medicamentos.
"Sabemos que pessoas que estão acima do peso correm risco de incontinência", explicou a pesquisadora. Encarando o peso como um fator de risco controlável, organizou-se o estudo em conjunto com o Programa de Gerenciamento de Peso da universidade no Centro Médico do Pacífico, em São Francisco.
As mulheres que estavam acima do peso ou obesas e relataram mais de quatro episódios de incontinência por semana foram aleatoriamente distribuídas em dois grupos de 20 voluntárias cada. O primeiro participou imediatamente de um programa de perda de peso; o outro só iniciou o processo de emagrecimento depois de três meses, para servir como o grupo "controle".
As voluntárias realizaram uma dieta líquida, que forneceu de 500 a 800 calorias por dia, fizeram exercícios e passaram por mudanças nos hábitos. Não foi dada nenhuma instrução de como controlar a incontinência.
As mulheres perderam, em média, 16 quilos. Os episódios de incontinência diminuíram de uma média de 25 por semana para 11 em 3 meses e 12 em 9 meses. Nesse ponto, as mulheres começavam a acumular alguns quilos novamente, afirmou Subak. "Não sabemos se a melhora será mantida por um longo período de tempo", disse.