As mulheres que usam contraceptivos orais têm um risco muito menor de desenvolver cistos no ovário do que aquelas que não tomam pílulas, informou uma pesquisa dinamarquesa.Os cistos no ovário são pequenos nódulos preenchidos de líquido. O tipo de cisto avaliado no estudo é bastante comum e conhecido como cisto ovariano funcional. Estes cistos ocorrem quando um folículo cresce no ovário, mas não é rompido para liberar o óvulo durante a ovulação.
Os cistos funcionais não são cancerosos e geralmente desaparecem em alguns meses. Em alguns casos, é necessário remover cirurgicamente um cisto muito grande ou que seja causa de dor severa.
Os anticoncepcionais orais suprimem a ovulação e podem evitar cistos ovarianos ao bloquear a formação de folículos nos ovários, informou a equipe de Jes Westergaard, do departamento de ginecologia e obstetrícia do Hospital Universitário Odense, em Odense (Dinamarca).
No estudo, envolvendo 428 mulheres na faixa etária de 14 a 45 anos, os pesquisadores encontraram 29 cistos ovarianos funcionais. Quando compararam usuárias de contraceptivos orais com mulheres que usavam dispositivo intra-uterino (DIU) ou não usavam método anticoncepcional, quem tomava pílula estava 78 por cento menos propensa a cistos ovarianos funcionais.
Os resultados indicam que as pílulas "têm um efeito protetor" contra o desenvolvimento de cistos ovarianos funcionais, informou a equipe.
No grupo de usuárias de anticoncepcionais orais, todas tomavam versões bastante prescritas atualmente com doses baixas dos medicamentos.
A maioria dos cistos desapareceu sem tratamento em alguns meses, informaram os pesquisadores em artigo publicado em edição recente da revista Contraception.
O risco de desenvolver cistos ovarianos não teve associação com idade, peso, altura ou número de filhos da mulher, demonstraram os resultados.