Pesquisadores norte-americanos estabeleceram um vínculo entre o tratamento hormonal de certas mulheres em determinado momento de suas vidas e a redução do risco posterior de vir a contrair o mal de Alzheimer. É o que mostra um estudo publicado na terça-feira jornal da Associação Médica Americana.Os pesquisadores constataram uma redução de 41% dos riscos de desenvolver o mal de Alzheimer nas mulheres que se submeteram a tratamento hormonal quando eram mais jovens, conforme os números de um estudo realizado com 1.889 mulheres.
Os pesquisadores também constataram a existência de uma "janela aparentemente limitada de tempo, período no qual a exposição ao tratamento hormonal parece reduzir o risco de Alzheimer". "Constatamos que, por oposição a uma utilização precoce, a exposição a um tratamento hormonal nos dez anos anteriores ao começo do desenvolvimento da doença não tem um benefício aparente", escreveu Peter Zandi, da Universidad Johns Hopkins de Baltimore (Maryland).
As mulheres de mais de 80 anos parecem ter mais risco que os homens de contrair o mal de Alzheimer. A carência de hormônios estrógenos após a menopausa parecem contribuir para aumentar este risco. Os estrógenos são utilizados no tratamento de certas desordens ginecológicas e hormonais, no tratamento do câncer de próstata e de seio.