Submeter-se freqüentemente a mamografias pode ser arriscado para mulheres que apresentam uma mutação genética que aumenta o risco de desenvolvimento do câncer de mama, segundo revelou uma pesquisa alemã.Os pesquisadores afirmaram que as mulheres que apresentarem os genes BRCA1 ou BRCA2 defeituosos deveriam fazer um exame diferente, porque os raios-X de baixa energia usados nas mamografias poderiam causar mais danos genéticos do que os raios-X normais. Isso aumentaria a suscetibilidade das pacientes ao câncer de mama.
"É um grande risco para essas mulheres", apontou Marlis Frankenberg-Schwager, da Universidade de Gsttingen, à edição desta semana da revista New Scientist.
Outros cientistas, entretanto, dizem que qualquer risco para mulheres com mutações no câncer de mama seria mínimo. "Não vejo uma boa causa para reconsiderar a mamografia", afirmou Roger Cox, do Instituto Nacional de Proteção Radiológica da Grã-Bretanha. Ele disse que a Comissão Internacional de Proteção Radiológica em Estocolmo estima que o risco adicional é de apenas uma fração de 1 por cento.
Mas Dieter Frankenburg, que trabalhou no estudo alemão, rebateu, informando que o risco de mamografias frequentes para mulheres jovens com mutações genéticas seria maior. Defeitos nos genes do câncer de mama BRCA1 e BRCA2 totalizam entre 2 e 5 por cento de todos os casos da enfermidade.
A doença é o câncer mais comum entre mulheres. O histórico familiar, puberdade precoce e menopausa tardia e o retardamento ou não da gravidez são fatores que aumentam as chances da mulher sofrer de câncer de mama.