Caminhadas regulares são eficientes para reduzir o risco de fraturas no quadril, que atingem muitos idosos. As mulheres na pós-menopausa que caminharam moderadamente por apenas uma hora por semana reduziram o risco de fratura no quadril em 6 por cento, no período de 12 anos, em comparação às mais sedentárias.As participantes que gastaram oito horas por semana em caminhadas moderadas diminuíram o risco em 55%, de acordo com os pesquisadores.
Mais de 300 mil fraturas no quadril são registradas anualmente nos Estados Unidos, a maioria em mulheres na pós-menopausa, disse Diane Feskanich, principal autora do estudo, à Reuters Health. Uma fratura no quadril coloca o paciente sob risco de deficiência de locomoção e morte.
"O ponto principal é que mesmo uma atividade tão simples quanto uma caminhada pode ajudar a reduzir o risco de fraturas no quadril ligadas à osteoporose. E, levando em consideração que cerca de 30 por cento dos adultos nos Estados Unidos não praticam atividades de lazer, qualquer caminhada adicional vai acrescentar algum benefício", afirmou Feskanich, da Escola de Medicina de Harvard, em Boston.
Para analisar o efeito da caminhada, tipo de atividade física mais popular entre os idosos, a equipe analisou dados de 12 anos de mais de 61 mil mulheres saudáveis na pós-menopausa. A maioria era de brancas e elas tinham entre 40 e 77 anos no início da coleta de dados.
O risco de fratura no quadril foi 40 por cento menor em mulheres que caminhavam pelo menos quatro horas por semana, em comparação àquelas que praticavam menos atividade física. Os exercícios de alto impacto deram ainda mais proteção.
As mulheres com maior peso corporal, que estão menos propensas a fraturas do que as magras, conseguiram diminuir ainda mais o risco por meio da caminhada.
Mas níveis mais altos de atividade física reduzem o risco tanto de mulheres magras quanto das mais gordinhas, de acordo com a pesquisa publicada na edição de 13 de novembro do Journal of the American Medical Association.
Ficar de pé por mais de dez horas por semana foram associadas a um risco 28% menor. As mulheres que ficavam de pé por mais de 55 horas por semana tiveram um risco 46% menor.
A terapia de reposição hormonal reduziu o risco de fratura no quadril, mas não forneceu nenhum benefício adicional às mulheres que se exercitaram mais.