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Cientistas identificam área do genoma ligada à hiperatividade
Quarta, 23 de outubro de 2002, 11h48

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Uma equipe de pesquisadores britânicos e norte-americanos descobriu um pequeno trecho do material genético humano que pode conter um gene associado ao risco de desenvolver o transtorno por déficit de atenção/hiperatividade (TDAH).

Outros estudos já associaram essa mesma região do genoma humano ao autismo, distúrbio comportamental em que ocorre uma redução das interações com o mundo externo. Combinados, os resultados sugerem que os dois problemas podem apresentar raízes genéticas comuns.

Os pesquisadores dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha relataram as descobertas na edição de outubro do American Journal of Human Genetics.

O estudo indica que uma região específica do cromossoma 16 pode contribuir para determinar a susceptibilidade ao TDAH -- o mesmo trecho ligado ao risco de autismo.

No trabalho atual, os pesquisadores analisaram 203 famílias em que ao menos dois irmãos apresentavam o transtorno psicológico, e os resultados sugerem que um gene -- ainda não identificado -- desse trecho do cromossoma seja um importante fator de risco para o desenvolvimento do transtorno por déficit de atenção.

"Limitamos a busca por um dos muitos genes que acreditamos estar relacionados ao TDAH", disse a coordenadora do estudo, Susan L. Smalley, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, à Reuters Health.

A equipe de Smalley estima que variações de um gene dessa região do cromossoma 16 contribua para cerca de 30 por cento do risco genético de desenvolver hiperatividade. Especialistas acreditam que os fatores genéticos contribuam para entre 70 e 80 por cento para o surgimento do distúrbio, disse Smalley.

A equipe da pesquisadora decidiu centrar foco em uma região específica do cromossoma 16 após uma "avaliação genômica" preliminar ter sugerido o envolvimento desse cromossoma no TDAH -- e depois de estudos anteriores o terem ligado ao risco de autismo, distúrbio do desenvolvimento que se estima afetar uma em cada 500 crianças e que reduz a capacidade de uma criança se comunicar, estabelecer relacionamentos e responder normalmente ao seu ambiente. Algumas crianças com autismo também apresentam comportamentos autodestrutivos ou agressivos.

Já o transtorno por déficit de atenção é muito mais comum, e as crianças com esse distúrbio apresentam dificuldade maior que o normal de focalizar a atenção e de controlar o comportamento.

Embora o autismo e o TDAH sejam "bem diferentes", a equipe de Smalley comenta que algumas características gerais -- como a falta de atenção e a hiperatividade -- marcam ambos os transtornos. Segundo Smalley, possivelmente um gene do cromossoma 16 contribua para o desenvolvimento dos "déficits comuns ao autismo e ao TDAH".

A pesquisadora disse ainda que existe a probabilidade de as duas enfermidades envolverem genes diferentes, situados um próximo ao outro.

Atualmente, a equipe da Califórnia tenta concentrar a atenção no gene do cromossoma 16 relacionado ao TDAH, enquanto continua a procurar outros cromossomas portadores de possíveis "genes de risco."

A expectativa é que, com a identificação dos genes envolvidos no TDAH, os médicos possam diagnosticar o transtorno de maneira mais precisa -- hoje o diagnóstico do TDAH é feito com base "apenas no comportamento".

O diagnóstico genético do TDAH poderia revelar ainda se a doença apresenta diferentes formas fundamentais, que poderiam responder de modo diferenciado ao tratamento. A pesquisadora explicou também que exames genéticos permitiriam aos médicos "descobrir as crianças com risco de desenvolver a doença antes que apresentem os sintomas" -- fato que potencialmente ajudaria a adotar medidas preventivas não-farmacológicas.

Reuters Health

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