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  SEXO E FERTILIDADE
Britânicos avaliarão riscos de fertilização assistida em bebês
Terça, 22 de outubro de 2002, 14h39

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Especialistas britânicos anunciaram nesta terça-feira planos de avaliar os possíveis problemas de saúde de crianças concebidas por meio de tratamentos de fertilidade. A preocupação de que bebês gerados em tubos de ensaio possam estar sob maior risco de defeitos congênitos tem aumentado.

A Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia (HFEA), que licencia clínicas de fertilidade, e o Conselho de Pesquisa Médica do governo (MRC) vão avaliar os riscos de saúde resultantes da fertilização "in vitro" e de outras técnicas. "Há alguns artigos publicados em todo o mundo que levantam a questão sobre se crianças nascidas como resultado de alguma das técnicas de concepção assistida estão associadas a maiores incidências de defeitos de nascença", disse uma porta-voz da HFEA.

A incidência elevada de defeitos congênitos é muito pequena. No entanto, a HFEA acredita que é importante estabelecer algumas pesquisas para ter mais confiança na inexistência de riscos. "A HFEA está colaborando bastante com o MRC para avaliar como essas pesquisas podem ser criadas e definir os aspectos que tratariam", acrescentou a porta-voz.

Ela destacou, no entanto, que não há nenhuma razão para os pais de 68 mil bebês nascidos com a ajuda da fertilização "in vitro" na Grã-Bretanha se preocuparem. "Outros fatores, como estilo de vida e condições socioeconômicas, são mais propensos a terem um impacto sobre a saúde da criança do que essas técnicas em particular."

De acordo com dois estudos publicados no New England Journal of Medicine este ano, os bebês de tubos de ensaio têm um risco maior de estarem abaixo do peso e nascerem com defeitos congênitos, comparados às crianças concebidas naturalmente.

Especialistas em fertilização também mostraram preocupação com os tratamentos envolvendo embriões congelados. E estudos médicos indicaram que os bebês concebidos por meio de injeções intracitoplásmicas de esperma (ICSI) poderiam ter um risco levemente maior de defeitos.

"Acreditamos que seja importante estabelecer quais são os pontos contraditórios deste assunto", disse a representante da HFEA. O MRC e a HFEA designaram um grupo de trabalho que decidirá como as pesquisas devem ser conduzidas. Os estudos devem começar no final deste ano. Cerca de 1 milhão de bebês em todo o mundo nasceram por meio da fertilização "in vitro" desde que Louise Brown, a primeira criança de proveta, nasceu em 1978.

Reuters

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