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  TABAGISMO
Reduzir número de cigarros não diminui risco de morte
Terça, 10 de dezembro de 2002, 10h15

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Os fumantes que esperam evitar doenças respiratórias ou a morte ao reduzir apenas o número de cigarros, sem abandonar o hábito de fumar, deveriam repensar o procedimento, informou um novo estudo dinamarquês.

A redução significativa do número de cigarros consumidos pareceu não resultar em nenhum benefício relacionado à redução do risco de morte, segundo artigo publicado na edição de dezembro do American Journal of Epidemiology.

A equipe da pesquisadora Nina S. Godtfredsen, do Hospital Universitário de Copenhague, avaliou a causa de morte de quase 20 mil pessoas durante um período de 15 anos.

Os cientistas compararam fumantes "pesados" (mais de 15 cigarros por dia) e que reduziram o número de unidades consumidas em pelo menos metade, mas não pararam de fumar, a fumantes que abandonaram totalmente o hábito e a pessoas que continuaram fumando muito. Os pesquisadores também avaliaram fumantes "leves", que consumiam até 14 cigarros por dia.

No grupo de voluntários que reduziram o consumo pela metade não se verificou decréscimo nos índices de mortalidade por qualquer causa durante o período do estudo.

Quem abandonou totalmente o hábito apresentou uma diminuição de 35 por cento na chance de morrer em comparação ao grupo que continuou fumando intensamente. A probabilidade de morte entre fumantes moderados foi 25 por cento menor.

Quem parou de fumar baixou o risco de morrer por câncer relacionado ao tabaco em 64 por cento, mas não houve diferença significativa na mortalidade pela doença no grupo que apenas reduziu o consumo de tabaco, sem interromper o uso.

Os pesquisadores também não encontraram diferença na incidência de doenças respiratórias ou na mortalidade por doença cardiovascular entre os indivíduos que reduziram o fumo e entre os que continuaram fumando intensamente.

Os autores lembraram que o estudo é possivelmente o primeiro a avaliar os benefícios potenciais da redução no número de cigarros consumidos sobre o risco de morte.

Reuters

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