Uma equipe de cientistas canadenses anunciou a descoberta de um novo método, aplicado até agora em ratos, que permite medir a taxa de células responsáveis pela diabetes, o que pode permitir, no futuro, diagnosticar precocemente a doença e tratar os indivíduos em risco.Segundo a equipe do professor Rusung Tan, do hospital infantil de Vancouver (Canadá), cujos trabalhos são publicados na revista especializada Journal of Clinical Investigation, esta técnica poderia ser utilizada em humanos e provavelmente também para detectar outras doenças auto-imunes.
Em comentário que acompanha a publicação do relatório sobre estes trabalhos científicos, os professores George Eisenbarth e Brian Kotzin, do Centro Barbara Davis de estudos sobre a diabetes da Universidade do Colorado, destacam a importância da pesquisa da equipe de Vancouver e acreditam que os mesmos procedimentos poderiam aumentar a capacidade de diagnóstico precoce da diabetes e, de forma mais ampla, das doenças auto-imunes.
A diabetes afeta 17 milhões de pessoas nos Estados Unidos e constitui a quarta causa de morte neste país.
Mais de dois milhões de pessoas sofrem da forma mais grave da doença, a diabetes insulino dependente, também conhecida pelo nome de diabetes juvenil ou diabetes de tipo 1.
A diabetes faz com que os glóbulos brancos do paciente, normalmente encarregados de combater as infecções, atuem contra o próprio organismo do doente.
Os glóbulos brancos atacam células específicas do pâncreas, as células beta ou células de Langherans, encarregadas de produzir a insulina, o hormônio que transforma os alimentos em energia.
Com o tempo, o número de células beta destruídas é tal que o organismo do doente carece de insulina e desenvolve a diabetes.
A diabetes, considerando todos os seus tipos, afeta mais de 150 milhões de pessoas no mundo.