O chamado "fumante passivo" é aquele indivíduo que não fuma, mas acaba respirando a fumaça dos cigarros fumados ao seu redor. Até hoje, discute-se muito os efeitos do fumo passivo, mas uma coisa é certa: quem não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros.
A fumaça respirada pelo fumante passivo é uma combinação de mais de 400 substâncias químicas, na forma de partículas e gases como o cianeto de hidrogênio, o dióxido de enxofre, o monóxido de carbono, a amônia e a nicotina. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, essa fumaça pode ser classificada como carcinógeno humano de "classe A", isto é, um tipo de substância para a qual não há nível inócuo de exposição.
O fumo passivo é um problema de saúde pública em todos os países do mundo. Na Europa, estima-se que 79% das pessoas estão expostas à fumaça "de segunda mão", enquanto, nos Estados Unidos, 88% dos não-fumantes acabam fumando passivamente. A Sociedade do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo passivo é a terceira entre as principais causas de morte no país, depois do fumo ativo e do uso de álcool.
Além de estarem expostos a substâncias perigosas, os fumantes passivos podem apresentar alergias, ataques de asma e bronquite, irritação nos olhos e nas vidas respiratórias. Por isso, é fundamental que se cumpra a lei que proíbe o fumo em locais públicos, e que exige a demarcação de áreas de fumantes em lugares de grande circulação de pessoas.