Mas depois que ficou claro, na década de 70, que o uso aumentava o risco de câncer de útero, os médicos começaram a prescrever progesterona associada a doses menores de estrogênio.

A terapia que utiliza apenas estrogênio ainda é prescrita no mundo todo para mulheres que se submeteram a uma histerectomia (remoção do útero). Das mulheres avaliadas na pesquisa, algumas haviam sido submetidas à histerectomia, mas todas tinham pelo menos um ovário.

Em um editorial acompanhando o estudo, Kenneth Noller, da Universidade Tufts e do Centro Médico da Nova Inglaterra, em Boston, disse que essa última pesquisa, assim como as duas divulgadas recentemente, incluindo uma da Suécia, indicam que pode existir uma relação casual entre a terapia de reposição de estrogênio e o câncer de ovário.

"Enquanto os dados desses estudos não estabelecem a causalidade, a associação entre estrogênio e câncer deveria ser vista com cautela pelos médicos que devem considerar com cuidado a prescrição de TRH somente com estrogênio," disse ele.

Noller indicou que ainda é comum para mulheres submetidas à histerectomia, mas que mantiveram pelo menos um ovário, receberem a prescrição de terapia de reposição de estrogênio.

O estudo não especificou as marcas de estrogênio usadas pelas mulheres acompanhadas. Mas Hemant Shah, analista farmacêutica independente de Nova Jersey, afirmou que a pesquisa vai aumentar as preocupações com a segurança de todas as marcas de reposição hormonal feminina, incluindo Premarin e Prempro.

Reuters Health