Para quem tem 20, 30 anos, a velhice soa como um tempo para daqui a anos-luz. Que seja. O fato é que, na contemporaneidade, apesar da violência e das epidemias, envelhecer é cada vez mais comum. A confirmação disso é que, em 2005, estima-se que cerca de 25% da população brasileira será composta por pessoas com mais de 65 anos. Tanto em aspectos físicos como sociais, não é fácil envelhecer no Brasil. O sistema público de saúde é precário e, no atual contexto, o potencial do idoso como agente social é ínfimo quando não ignorado. O idoso esbarra em problemas estruturais para levar a vida de forma independente. Basta imaginar a dificuldade deles em pegar ônibus lotados e que quase sempre estão correndo. Sem contar com a cultura segundo a qual as contas do idoso devem ser administradas pelos filhos.
Mas, apesar desse cenário desfavorável, é possível ter qualidade de vida na terceira idade. O primeiro passo para isso é o idoso sentir-se útil e deixar de encarar os problemas como "coisas da idade". "Sensação de cansaço, desânimo e tristeza não devem ser classificados como problemas de idoso. Ninguém fica doente de velho", diz Renato Maia Guimarães, presidente da regional Distrito Federal da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Aceito o fato de que os problemas do idoso devem ser combatidos e não resiginados, o próximo passo é buscar a qualidade de vida para os anos de aposentadoria. Prática de esportes, alimentação regrada e saudável e visitas preventivas ou mesmo de tratamento a médicos especializados são itens básicos nessa busca pela qualidade de vida.