O sobrenome Orleans e Bragança não impediu que Maria Christina fosse rejeitada em várias escolas por ter nascido com a síndrome de Down, apesar de a legislação brasileira considerar crime a recusa de uma vaga para na escola, trabalho ou hospital por conta de uma deficiência. "Fora a falta de informação dos médicos. Passamos por sete erros médicos, incluindo o diagnóstico inicial", lembra.
Há 13 anos, quando Maria Christina nasceu, as informações sobre a síndrome de Down no Brasil eram muito pouco divulgadas e as pessoas, como os Orleans e Bragança, tiveram que importar, dos Estados Unidos, toda uma literatura sobre o assunto.
Desinformação
"A falta de informação era enorme, não havia livros em português, nem internet para fazer pesquisas... A desinformação agravou o desconforto inicial das pessoas. A minha atitude inicial foi levá-la para todos os lugares logo de cara. Quando ela tinha 15 dias de vida, as pessoas começaram a ligar, meio constrangidas. Marquei um almoço num restaurante para mostrar para todo mundo que ela era um bebê como outro qualquer", diz Dona Stella.
E antes de ouvir o príncipe Dom Joãozinho, Dona Stella encerra a entrevista falando do orgulho que tem da filha.
"Acho que ela é fantástica. A Killy já passou por muitos problemas, não sei como eu reagiria se eu tivesse passado pelas várias cirurgias que fez. Tenho muito respeito e admiração por ela".
"Além do mais, a Maria Christina tem uma personalidade incrível. Ela é muito divertida, forte, autêntica. E sempre foi assim. Ela desmonta todo mundo pois chega com um jeito carinhoso e vai cativando as pessoas. A Killy já modificou e vai modificar muita gente. Por isso, acho que ela é um elemento muito importante na sociedade. A sociedade precisa dela. É uma troca", diz a princesa Dona Stella de Orleans e Bragança.
Leia mais:
» Introdução
» Princesa de agenda cheia
» Família real engajada
» Sobrenome não impediu rejeição
» A reação do príncipe