No Rio de Janeiro, uma experiência envolvendo crianças com Síndrome de Down e cavalos está mostrando os benefícios deste tipo de estimulação. O projeto Equitar - Centro Brasileiro de Estudo, Desenvolvimento e Pesquisa da Equoterapia - usa as instalações do Clube Militar, na Tijuca, e do Jóquei Clube, na Gávea. Há 16 anos, Beatriz Marins desenvolve este trabalho que agora atende a 120 crianças mensalmente. Apesar de ser um esporte geralmente associado à elite, a equitação praticada pelo projeto EQUITAR é usufruída também por 60 crianças que pertencem a famílias carentes e com as mais diversas patologias, entre elas, a Síndrome de Down. Todas passam por uma avaliação severa por parte dos terapeutas.
A responsável pelo Equitar explica que o fator lúdico do tratamento é um dos ingredientes do seu sucesso terapeutico. "A hipoterapia não é uma terapia tradicional. Para as crianças com síndrome de Down, elas estão sempre brincando. E o cavalo proporciona um estímulo tão intenso, tão grande, tão global que faz com que uma criança com Down tenha uma resposta muito mais rápida do que com uma terapia tradicional. Por isso é necessário ter diferentes terapeutas atuando ao mesmo tempo como fisioterapeuta, terapia ocupacional, fonoaudiólogo, psicomotricista que atuam em cima das diferentes reações provindas deste momento para que não se perca nada", explica Beatriz Marins.
Segundo Marins, a hipoterapia traz vantagens também emocionais e sociais: "O lado social ganha através da interação com vários integrantes da equipe. Quando a criança está em cima do cavalo, ela pode ver a vida de outro ângulo, ela tem poder e domínio pois controla o animal", explica Beatriz Marins.
Leia mais:
» Introdução
» Ioga
» Hipoterapia