Gruta do Lago Azul é pura emoção a 120 metros sob o solo
A fama de Bonito pode ser atribuÃda à sua grande estrela, a Gruta do Lago Azul. Numa descida de 120 metros, chega-se a um lago não muito extenso, com um azul indescritÃvel, e cones de estalactites. Mas é só para olhar: uma cordinha impõe os limites do visitante. "A gente só passa vontade de tocar na água", diz a turista Beatriz Fiad, de Campinas (SP). Principalmente se for alta temporada, não dá nem de longe para entrar no clima de mistério que toma conta do lugar, uma vez que o passeio dura pouco mais de uma hora e é feito em grupos de 15 pessoas. Às vezes, entram quatro grupos ao mesmo tempo, o que exige pontualidade dos guias. Mas vale a pena olhar por alguns instantes e ouvir as histórias do local. A primeira atitude da guia Vânia Mugarti é destrancar o cadeado. "Tomamos todo o cuidado a exemplo do que aconteceu com outras grutas." A referência é sobre a Gruta Nossa Senhora Aparecida, que foi recentemente interditada pelos danos causados quando a visitação era livre. "Até bomba soltaram lá dentro." Ela diz ainda que das mais de 50 grutas na região, apenas quatro estão abertas à visitação. Descida de bote - Os passeios que Bonito oferece, entretanto, vão muito além das grutas. Para quem quiser há a navegação em botes de borracha. São duas opções e a menos radical é a descida do Rio Formoso, feita em grupos de até 12 pessoas, durante o dia ou à noite, nas fases de lua cheia. O percurso de seis quilômetros passa por quatro quedas com, no máximo, dois metros de altura. No caminho, paradas para banho, e, nas margens, macacos, pássaros e, à s vezes, sucuris enroladas em troncos de árvores. Para quem quiser mais aventura, no bóia-cross a descida pelo Rio Formosinho é feita em bóias individuais. "Há um guia para cada grupo de três pessoas, mesmo assim recomendo que elas saibam nadar", diz um dos guias locais. Turismo rural - Nas cachoeiras do Rio do Peixe, a 35 quilômetros do centro de Bonito, na Fazenda Ãgua Viva, há uma caminhada de duas horas, algumas vezes acompanhada pelo próprio dono da fazenda, passando por diversas cascatas e piscinas naturais, com paradas para banhos, é claro. Depois, um relax na sede, com direito a almoço preparado por d. Diva, a proprietária. A idéia é a mesma na Fazenda Ceita Corê, a 36 quilômetros, ou na Estância Mimosa, a 24. Trilhas de cerca de duas horas, com direito a paradas em cachoeiras ou piscinas naturais para banhos e lanche. Crianças - O Projeto Vivo é o predileto das crianças, que costumam ir em grupos escolares (da 4ª série ao 3º colegial) . "É o que eu mais gosto. Estou treinando porque vou ser guia de turismo", diz Henrique Benites, de 11 anos, inspirando-se no irmão que já orienta grupos de visitantes há nove anos. Nessa atração, as caminhadas em trilhas, descidas de bote de borracha pelo Rio Formoso e passeios a cavalo são recheados de atividades como oficinas de artes, reciclagem de papel e minitrilhas. O objetivo é que eles passem o dia nessa fazenda, com aulas de preservação ambiental in loco. VEJA TAMBÉM: » Bonito dá um banho de ecoturismo correto » À noite, não dá para fugir dos bares e da música » É impossÃvel ficar fora da água » Saiba como ir para Bonito » Confira o site especial sobre Bonito
Jornal da Tarde
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